Casos de SRAG por rinovírus e outras infecções respiratórias aumentam no Piauí, aponta Fiocruz

Aumento de casos de SRAG no Piauí alerta para cuidados com crianças e adolescentes.

Mapa mostra situação de estados | Divulgação/Infogripe
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O Piauí está entre os estados brasileiros que apresentam crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças e adolescentes, de acordo com o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Divulgado nesta quinta-feira (14/11), o relatório analisa dados referentes à Semana Epidemiológica 45 (de 3 a 9 de novembro) e destaca a necessidade de atenção redobrada nas faixas etárias mais afetadas.

SITUAÇÃO NO PIAUÍ E EM OUTRAS REGIÕES

O aumento de casos de SRAG no Piauí reflete uma tendência observada também no Amazonas, Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Roraima. Nessas regiões, o crescimento é atribuído a vírus que afetam principalmente crianças, como rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR), adenovírus e metapneumovírus. A capital Teresina está entre as nove cidades brasileiras com sinal de crescimento de casos de SRAG, destacando a urgência de medidas preventivas.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os principais vírus responsáveis por casos positivos de SRAG no Brasil foram:

  • Rinovírus: 40,1%
  • Sars-CoV-2 (Covid-19): 23,7%
  • Influenza B: 10,6%
  • Influenza A: 9,9%
  • VSR: 4,9%

Entre os óbitos associados a SRAG, os casos positivos apontaram prevalência de 57,1% para Sars-CoV-2, seguidos de 16,8% para influenza A e 10,2% para rinovírus.

ÓBITOS E ANO EPIDEMIOLÓGICO 2024

Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 156.309 casos de SRAG, sendo 73.283 (46,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório 66.441 (42,5%) negativos, e ao menos 8.310 (5,3%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. 

Já em relação aos óbitos de SRAG em 2024, já foram registrados 9.544 óbitos, sendo 4.909 (51,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 3.866 (40,5%) negativos, 162 (1,7%) e ao menos aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 28,2% são influenza A; 1,8% são influenza B; 8,5% são VSR; 8,7% são rinovírus; e 52% são Sars-CoV-2 (Covid-19).

PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL

Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, alerta para a importância de medidas preventivas:

  • Uso de máscaras: Especialmente em ambientes fechados e postos de saúde.
  • Vacinação em dia: Essencial para grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
  • Etiqueta respiratória: Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar e evitar contato próximo ao apresentar sintomas.

CUIDADOS

O Piauí, com destaque para Teresina, deve intensificar esforços de monitoramento e prevenção para conter o avanço de infecções respiratórias graves. A vacinação e a conscientização sobre boas práticas de higiene respiratória são essenciais para proteger as crianças e adolescentes, as faixas etárias mais impactadas pelo aumento de SRAG.

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