Caso Maria Rita: corpo foi encontrado com corda improvisada no pescoço

O corpo dela foi encontrado no dia 8 de agosto em uma área de mata nas proximidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Alto da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina.

: Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos | Reprodução
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O perito Geral de Polícia Científica do Piauí, Antônio Nunes, informou nesta quinta-feira (15) que a adolescente Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos, foi morta por asfixia mecânica. O corpo dela foi encontrado no dia 8 de agosto em uma área de mata nas proximidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Alto da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina.

O QUE ACONTECEU

A perícia encontrou um corda improvisada no pescoço da vítima. Antônio Nunes decalrou que ela sofreu uma morte violenta, mas que ainda não é possível apontar suspeitos.

"A identificação foi feita. A gente partiu para a impressão digital e estão sendo feitos exames genéticos ainda que vão demonstrar se houve ou não violência sexual. Isso é algo que a gente ainda vai saber nos próximos dias. Quanto à questão da morte em si, seguramente, eu não vou detalhar exatamente a causa, mas foi morte violenta", falou.

CONFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE

A Polícia Civil do Piauí confirmou que o corpo encontrado na última quinta-feira (8) em uma área de mata nas proximidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Alto da Ressurreição, na zona Sudeste de Teresina, é da adolescente Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos. 

Conceição de Maria Vidal, mãe de Maria Rita, declarou ao Meionews.com que o velório será às 15h na casa da família e o enterro às 16h no cemitério do Alto da Ressurreição. A dona de casa revelou que agora vai buscar por justiça.

"O sentimento é de dor. Eu nunca imaginei que minha filha iria passar por isso. É um sofrimento muito grande para a família. Fizemos o exame de digital dela, que foi liberado ontem, e hoje o médico também é quem vai liberar [o corpo].  Espero que minha filha fique com Deus porque a dor é muito grande. Eu espero justiça, justiça pelo que fizeram com ela, minha filha não merecia isso, em nenhum momento ela fez maldade com alguém. Quero que prendam quem fez isso com a Maria Rita", falou Conceição Vidal em entrevista para a jornalista Mikaela Ramos.

O DESAPARECIMENTO DE MARIA RITA

Maria Rita desapareceu na noite do dia 21 de julho. Ela foi vista pela última vez por volta das 22 horas, saindo da casa onde mora, situada na Vila Boa Esperança, bairro Dirceu I, zona Sudeste de Teresina. 

Conceição de Maria Vidal relatou que no domingo, 21 de julho, foi dormir e deixou a adolescente acordada em seu quarto. Horas depois, o marido de Conceição notou que a porta da frente estava aberta e, ao verificar o quarto da filha, descobriu que ela havia desaparecido. O celular de Maria Rita estava no quarto, ainda conectado ao carregador.

“No dia seguinte, segunda-feira, ela não voltou. Ela não costuma passar tanto tempo sem dar sinais. Quando sai, costuma voltar por volta das 5 horas da manhã ou às 7 horas do dia seguinte”, disse a mãe.

ÚLTIMOS MOMENTOS DA ADOLESCENTE

Câmeras de monitoramento de residências em Teresina gravaram Maria Rita na noite de 21 de julho, pouco antes de seu desaparecimento. 

Nos dois vídeos obtidos pela produção do programa Piauí, Bom Dia, da TV Meio, por volta das 22h20, a adolescente de 14 anos aparece conversando e caminhando com um ciclista, que é um vizinho da família da vítima. 

VIZINHO TENTOU AJUDAR

Conceição Vidal, mãe de Maria Rita, relatou que o homem sabia dos transtornos mentais que a jovem sofria e tentou convencê-la a voltar para casa. Ela também informou que a adolescente saiu sozinha para ir a um arraial que estava acontecendo na esquina de um estabelecimento conhecido como Pitstop.

“Esse rapaz é meu vizinho. Quando chegou lá, ele estava passando e viu ela. Ele já sabia dos problemas dela e disse: ‘Maria Rita, vá para casa que eu já vou avisar a sua mãe’. Ela disse que iria vir para casa de jeito nenhum. Então, ele se deslocou de lá e veio para cá para me avisar, mas quando chegou aqui, eu estava com a minha porta fechada”, disse Conceição.

MEDO DA REAÇÃO DA POPULAÇÃO 

Ela afirma ter tomado conhecimento das imagens somente após sua divulgação na internet e teme que as pessoas possam colocar a vida do vizinho em risco.

“Eu não sei o motivo, pois nem mesmo eu recebi as imagens quando fui atrás e aí começam a divulgar uma coisa que as pessoas nem sabem. Esse rapaz é um vizinho que é um rapaz de bem, que trabalha e mora com a mãe”, afirmou.

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