Maria dos Aflitos, presa temporariamente na sexta-feira (31) por suspeita de envolvimento no envenenamento que matou sete pessoas de sua família, confessou à polícia que colocou terbufós, substância conhecida como chumbinho, no café servido à vizinha e ex-nora Maria Jocilene da Silva, de 41 anos.
SOBRE A VÍTIMA
A vítima foi uma das nove pessoas hospitalizadas no dia 1º de janeiro após consumir um baião de dois contaminado com chumbinho durante o almoço de Ano-Novo. Maria Jocilene e seu filho, de apenas 11 anos, apresentaram sinais de envenenamento e foram internados no Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba (HEDA). Ela recebeu alta um dia depois.
No dia da morte de Maria Gabriela Fontenele, de 4 anos, uma das crianças envenenadas no dia 1º de janeiro, Maria Jocilene foi até a casa de Maria dos Aflitos para tomar café. Durante a visita, ela passou mal novamente e foi internada no dia 22 de janeiro. Ela faleceu dois dias depois, em 24 de janeiro. Aos delegados, a mulher confessou que colocou terbufós, o mesmo veneno usado para matar os familiares de Maria dos Aflitos, em um copo de café.
Cinco mortes por envenenamento com baião
O caso que chocou Parnaíba começou no primeiro dia do ano, quando um baião de dois envenenado foi consumido por nove pessoas.
Os mortos nesse espisódio de envenenamento foram:
• Manoel Leandro da Silva, de 18 anos (filho de Maria dos Aflitos e enteado de Francisco de Assis)
• Francisca Maria da Silva, de 32 anos (filha de Maria dos Aflitos e enteada de Francisco de Assis)
• Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (filho de Francisca Maria)
• Maria Lauane Fontenele, de 3 anos (filha de Francisca Maria)
• Maria Gabriela Fontenele, de 4 anos (filha de Francisca Maria)
Sobreviventes que receberam alta
• Adolescente de 17 anos (irmã de Manoel Leandro e Francisca Maria)
• Menino de 11 anos (filho de Maria Jocilene)
• Francisco de Assis Pereira da Costa (padrasto de Manoel Leandro e Francisca Maria)
QUEM FOI PRESO
Maria dos Aflitos, matriarca da família, e seu marido, Francisco de Assis Pereira da Costa.
Dúvidas sobre a intoxicação de Francisco de Assis
A polícia suspeita, com base em depoimentos, que Francisco de Assis não chegou a ingerir o alimento, apenas simulou que o comeria, colocando-o no prato, ou que ingeriu apenas uma pequena quantidade.
Foram realizados exames de sangue e urina no suspeito para verificar se houve ingestão do veneno.