Atendimento do SAMU a cabeleireiro morto por espancamento gera críticas

As imagens mostram a vítima com diversos hematomas pelo corpo e com dificuldades de subir em uma maca diante de dois socorristas e um policial militar.

Atendimento do SAMU a cabeleireiro morto por espancamento gera críticas | Reprodução
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Um vídeo que mostra o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao cabeleireiro Rivaldo de Sousa Barreto, de 38 anos, que morreu no domingo (24) após ter sido espancado na noite de sábado (23), repercutiu nas redes sociais durante o final de semana. 

As imagens mostram a vítima com diversos hematomas pelo corpo e com dificuldades de subir em uma maca diante de dois socorristas e três policiais militares. No vídeo, Rivaldo apoia as duas mãos no chão para conseguir subir na maca. Sem forças, ele chega a cair e bater a cabeça duas vezes sobre a cama usada para atendimento imediato.

Vídeo!

Dois atendentes do Samu e três policiais militares observam a situação e parecem conversar. logo depois, o cabeleireiro é colocado na maca e levado à ambulância. Cerca de dez horas depois, ele não resiste aos ferimentos e morre por politraumatismo.

Em entrevista para o programa "Bom Dia Meio Norte," apresentado por Ieldyson Vasconcelos, o tenente-coronel Rivelino Moura analisou o vídeo e opinou sobre o atendimento. Segundo ele, o procedimento poderia ter sido diferente, com a imobilização da vítima e a aplicação de um colar cervical, medidas que não foram tomadas durante o atendimento a Rivaldo. 

"É difícil comentar a ocorrência sem estar lá, mas seria possível fazer até a estabilização na vítima em prancha rígida, colocação de um colar cervical para facilitar a respiração dessa vítima e, então, tomar protocolos de medicação para tentar fazer a estabilização dessa vítima, que dificilmente se consegue com essa vítima tendo espasmos musculares em função de um possível traumatismo craniano", relatou.

Com base no protocolo seguido pelo Corpo de Bombeiros, ao encontrar uma vítima nas cincunstâncias de Rivaldo, segundo o tenente-coronel Rivelino Moura, as suspeitas de lesões e traumatismo craniano já tomam os patamares que fogem do pré-atendimento ou do atendimento básico, necessitando de mais agilidade dos socorristas. 

"O medo do atendimento pode ter provocado isso", mecionou ao falar que a crescente violência na região pode dificultar o trabalho dos socorristas, afetando sua segurança e eficácia no atendimento às vítimas.

Encontrado em grotão

Rivaldo de Sousa Barreto, de 38 anos, foi encontrado em um grotão na noite de sábado (23) na Vila da Paz, na zona Sul de Teresina.

Ele era proprietário de um salão de beleza situado no bairro Três Andares, mesma região onde foi encontrado. Não se sabe como o crime aconteceu, o que o teria motivado ou quantas pessoas participaram.

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