Após dia de calor escaldante, Teresina registra chuva e moradores comemoram

O climatologista Werton Costa alerta que as altas temperaturas e baixa umidade ainda devem permanecer, com picos esperados na segunda quinzena de setembro

Nas redes sociais e aplicativos de mensagens, os moradores compartilharam imagens da chuva | Helder Felipe
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Um B-R-O Bró diferente? Após uma segunda-feira (16) com temperaturas chegando a 38ºC, alguns bairros de Teresina registraram uma chuva fraca que animou os moradores. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital piauiense estava há 59 dias sem registrar nenhuma precipitação. 

CLIMA DE COMEMORAÇÃO

Nas redes sociais e em grupos de aplicativos de mensagens, os moradores compartilharam imagens da chuva nos bairros Ilhotas (zona Sul), Piçarra (Sul), Cidade Nova (Sul), Morada do Sol (Sul), Fátima (Leste), Planalto Ininga (Leste), Água Mineral (Norte) e Dirceu (Sudeste).

A gestora de Mídias Sociais do Grupo Meio, Apoliana Oliveira, publicou uma frase bem-humorada em suas redes sociais: “Pra provar que choveu e eu não estava sonhando.”

O apresentador Helder Felipe também aproveitou para registrar o momento: “Um evento em Teresina, chovendo B-R-Bró,” disse ele.

Atualmente, Teresina enfrenta um período de tempo seco e baixa umidade, semelhante às condições encontradas em lugares com aridez extrema. No deserto do Saara, no Norte da África, a umidade relativa do ar varia entre 14% e 20%. Segundo dados do Inmet, a umidade em Teresina variou hoje entre 20% e 30%.

A situação é ainda mais preocupante devido às frequentes queimadas no estado, principalmente causadas pela falta de chuvas. Conforme o órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, o Piauí registrou mais de 1.200 focos ativos de queimadas nos primeiros 16 dias de setembro deste ano.

QUANDO O TEMPO MELHORA?

Nesta segunda-feira (16), em entrevista ao programa "Banca de Sapateiro", apresentado por Arimatea Carvalho, o climatologista e diretor de Prevenção da Defesa Civil do Piauí, Werton Costa, comentou que a situação de temperatura e umidade no estado está se aproximando do seu pico para este ano.

Werton Costa em entrevista para o Banca de Sapateiro (Foto: Raíssa Morais)

“As pessoas estão realmente se sentindo muito angustiadas porque enfrentam a combinação perversa de altas temperaturas e baixa umidade. Estamos entrando na segunda quinzena, que pode trazer picos de temperatura mais acentuados e maior risco de ondas de calor, além de continuar os picos de baixa umidade”, afirmou.

Werton Costa também mencionou a expectativa para novembro, quando as primeiras chuvas devem começar a aliviar alguns dos problemas mais graves do estado, como as queimadas.

“Esperamos que as primeiras chuvas de novembro, mesmo que abaixo da média, ajudem a aumentar a umidade do solo e do ar, atuando como um mecanismo redutor de queimadas. Estamos torcendo para que essas previsões se confirmem. A Defesa Civil do Piauí está bem equipada com monitoramento, incluindo o INMET e outras redes de comunicação. Não podemos alegar falta de informação, pois estamos bem informados e preparados”, concluiu.

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