Aluno foi morto dentro de escola por morar em bairro diferente, diz família

Conforme os familiares, onde o jovem residia é dominado por uma facção, já onde ele estudava outra organização rival comanda.

Estudante morto em Teresina | Foto: Reprodução
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O pedreiro Almir Lopes, de 43 anos, padrasto do estudante Marcos Vinicius da Costa Barros, de 17 anos, assassinado a tiros dentro da Escola Pública Antônio Tarcísio, concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (07), durante o velório do enteado e afirmou que o estudante não tinha envolvimento com o submundo do crime e pode ter sido morto apenas por morar em um bairro dominado por uma facção e estudar em uma região dominada por outra organização criminosa. O crime ocorreu na noite desta segunda-feira (06).

Conforme a família, o adolescente era um menino tranquilo, trabalhava durante o dia e fazia o 3º ano do ensino médio no período noturno no bairro Santa Bárbara, já que no bairro Árvores Verde, onde morava, não tinha escola do ensino médio.

No final da aula, quando saia para ir embora ele percebeu a presença de pessoas estranhas em frente a escola, chegou a pedir proteção, mas o diretor da unidade sorriu da situação. Eu acredito que ele tenha sido morto por engano, porque não tinha envolvimento, acho que ele foi um laranja nessa história”, afirmou o pedreiro.

Conversamos também com o líder comunitário do bairro Árvores Verde, Francisco Gomes, que informou já temer esse tipo de crime há muito tempo, devido à guerra entre organizações criminosas.

Os bairros são vizinhos, mas dominados por facções rivais, então tem essa briga. Eu mesmo estou sofrendo com ansiedade e vou tirar meus filhos dessa escola. Porque qualquer um de nós pode ser morto apenas por morar em um bairro diferente, mesmo sendo inocente”, afirmou.

O CRIME

Na noite de segunda-feira (06), dois suspeitos invadiram a Escola Antônio Tarcísio, no bairro Santa Bárbara, na zona Leste de Teresina e executaram um aluno identificado como Marcos Vinícius da Costa Barros, de 17 anos, a tiros.

Em entrevista ao Meionorte.com, o major Carvalho, subcomandante do 5º BPM, confirmou que os indivíduos entraram no colégio por volta das 20:40 e efetuaram quatro disparos de arma de fogo contra o adolescente.

O subcomandante informou ainda que a dupla entrou a escola usando capacetes, para não serem identificados, fugindo logo em seguida

O caso segue sendo investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

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