Segundo o dicionário, o termo “doação” significa a ação de doar, de oferecer algo a alguém. Como é do conhecimento geral, muitas pessoas dedicam parte de seu precioso tempo a esse ato de solidariedade em diversas situações. E não se pode falar em solidariedade e dedicação ao próximo sem mencionar a Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer do Piauí (RFCCPI). Fundada em 8 de abril de 1987, trata-se de uma entidade filantrópica dedicada à luta social contra o câncer, que realiza, aproximadamente, 12 mil atendimentos por ano, contando com o apoio de voluntários comprometidos em trazer mais conforto e esperança aos pacientes.
As ações desenvolvidas pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, especialmente por meio de seus cinco projetos — Alertar, Apoiar, Aliviar, Alimentar e Abrigar —, contribuem imensamente para o apoio aos pacientes e suas famílias. Muitos desses pacientes, em tratamento na capital Teresina, precisam deixar suas famílias em cidades do Piauí ou do Maranhão, permanecendo na capital por tempo indeterminado.
Casa de acolhimento acomoda 40 pacientes
As doações são fundamentais para o acolhimento dessas famílias durante o tratamento. Desde o ano 2000, a Rede Feminina mantém a Casa de Maria, com capacidade para atender 40 pacientes e 40 acompanhantes por dia. A casa oferece acolhimento, alimentação desde o café da manhã até a ceia, itens de higiene pessoal, roupas, calçados e brinquedos, tudo gratuitamente. Além disso, disponibiliza transporte, fisioterapia, tratamento odontológico, acompanhamento nutricional e psicológico, além do carinho e atenção dos voluntários e colaboradores.
A presidente da RFCCPI, Carmen Lúcia Campelo, define o termo solidariedade com propriedade, destacando a dedicação dos voluntários como diferencial no tratamento. Segundo ela, o impacto das doações é enorme, pois a entidade, sendo filantrópica, depende exclusivamente delas, sejam físicas, emocionais ou profissionais. “Todo esse conjunto de doações é o que permite que a Rede Feminina mantenha seus projetos e atenda mais de 2.700 pacientes. O impacto é muito grande, pois devolve a cidadania dessas pessoas durante o tratamento”, avalia.
Carmen acrescenta que as doações e os projetos contribuem imensamente para que os pacientes concluam o tratamento oncológico. “A solidariedade da comunidade, principalmente a piauiense, impacta diretamente na autoestima e na cidadania dos pacientes. Um cabelo doado se transforma em uma peruca. Para pacientes que perderam o cabelo, especialmente adolescentes e mulheres, a peruca melhora muito a autoestima”, pondera, informando que os projetos incluem também reconstruções de sobrancelhas, mamas e tatuagens reparadoras.
“Tudo isso melhora a autoestima e é feito exclusivamente por meio de doações. A Casa de Maria é um local onde os pacientes se sentem em casa, sendo amados e contando com boas condições de hospedagem, alimentação, entretenimento e todo o apoio necessário durante o tratamento”, relata Carmen Campelo. Ela destaca ainda o apoio oferecido dentro dos hospitais, como o Hospital São Marcos e o Hospital Universitário (HU), onde os voluntários da Rede Feminina estão presentes nas enfermarias, levando autoestima e suprindo necessidades básicas, como a doação de fraldas descartáveis para pacientes sem condições de adquiri-las. “Tudo isso visa garantir um tratamento mais humano e menos penoso”, justifica.
Lenora Campelo, coordenadora de voluntariado da RFCCPI, esclarece que o paciente com câncer, além de apoio financeiro, necessita de apoio emocional, cuidados e atenção. “Esses cuidados são oferecidos pelas voluntárias, que doam seu tempo e atenção por meio de visitas às enfermarias, distribuição de materiais de higiene pessoal, leite em pó, cestas básicas e lanches na radioterapia, tudo para amenizar os percalços do tratamento oncológico”, afirma.
Ela frisa que, como a Rede Feminina mantém seus projetos por meio de doações e campanhas, há uma necessidade constante do apoio da comunidade. “Não temos renda fixa, por isso precisamos realizar campanhas continuamente para manter as ações e suprir as necessidades dos pacientes com câncer e seus cuidadores”, conclui.
Constelação das Divas: Brilhando juntas contra o câncer
O sentimento de compaixão e ajuda ao próximo, especialmente por parte de quem enfrenta ou enfrentou o mesmo problema, despertou o interesse do Coletivo Constelação das Divas. Formado por pacientes oncológicas de Teresina, o grupo independente dedica-se a viver com alegria e cultivar o apoio mútuo. A iniciativa promove atividades de conscientização, como palestras sobre o câncer de mama, além de organizar eventos voltados para a comunidade.
A professora Vanessa Nascimento Alves informa que o grupo conta com cerca de 80 mulheres, praticamente todas já passaram ou estão passando por tratamento oncológico, e tiveram suas vidas impactadas pelas atividades desenvolvidas pelo Constelação das Divas desde a sua criação. “É um grupo de apoio emocional e sem fins lucrativos, não somos uma instituição. Somos, de fato, um grupo de amigas que se reúne para ajudar outras mulheres a superar essa fase do câncer”, resume. “Fazemos encontros, visitas, acompanhamentos; nos reunimos para tomar café, celebrar a vida, comemorar datas. Realizamos uma série de atividades”, complementa.
Como tudo começou
Vanessa explica que o grupo começou a se formar em 2016. “Nos conhecemos em uma atividade física, e desse encontro inicial surgiu uma amizade. A ideia era expandir, mas sem a pretensão de formar um grupo de apoio. Inicialmente, queríamos convidar outras mulheres para caminhadas e corridas. Contudo, com o crescimento do grupo, surgiram necessidades de trocar experiências e vivências, pois uma paciente geralmente conhece outra e outra”, relembra.
Ela destaca que, no universo da oncologia, a informação é essencial. Um grupo de mulheres unidas com o intuito de viver e compartilhar experiências atrai outras mulheres. Vanessa observa: “Não foi algo proposital ou planejado. O grupo surgiu naturalmente, a partir do momento em que mulheres viram outras reunidas, foram se aproximando, agregando, até chegar ao formato atual.”
Sobre o nome do grupo, Vanessa explica: “O nome Constelação das Divas reflete o conceito de ser luz. Cada mulher é como uma estrela que brilha e ilumina a vida de outras pessoas.”
Várias atividades compartilhadas
A cumplicidade entre as integrantes é um dos pilares do grupo. Uma ajuda a outra como forma de doação, e o Constelação das Divas realiza diversas atividades e projetos que incentivam a participação de todas. “Temos um grupo de mulheres que praticam dança do ventre como atividade de autocuidado, autoconhecimento e autoestima. Temos também as Estrelas Orantes, que surgiu durante a pandemia como forma de fortalecimento espiritual. São mulheres que se reúnem para buscar fortalecimento espiritual e emocional. Além disso, temos nossas poetisas, que chegaram a lançar um livro intitulado ‘Quando a Vida Bate Forte’. Por meio da escrita, essas mulheres expressam seus sentimentos e vivências”, relata Vanessa.
As atividades do grupo vão além. O Constelação das Divas também desenvolve o projeto Vem Dançar, cuja finalidade é promover encontros para dança e movimentação do corpo. Há também o Café com Cafuné, encontros presenciais organizados em diferentes zonas da cidade, nos quais as integrantes, chamadas carinhosamente de “estrelinhas”, têm a oportunidade de conversar, celebrar aniversários, datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães e Dia da Mulher, além de realizarem viagens para viver novas experiências.
O grupo promove ainda atividades de leitura e visitas a hospitais, como a ala de radioterapia do Hospital São Marcos, em Teresina. “Temos um projeto chamado Frenéticas, no qual visitamos clínicas e hospitais para levar alegria e animação. Quando as pessoas percebem que também passamos pela oncologia e hoje estamos aqui contando nossas histórias, isso inspira. Elas pensam: ‘Se elas conseguiram, eu também consigo’. Levamos mensagens de esperança e confiança, mostrando que o câncer não é uma sentença de morte, mas sim um convite para viver”, esclarece Vanessa.
Outra forma de apoio às estrelinhas é por meio da doação de perucas para pacientes que têm a autoestima abalada pela perda de cabelos devido à quimioterapia. “Orientamos as pacientes sobre instituições que distribuem perucas e lenços. Às vezes, recebemos doações de perucas de quem já não precisa mais, e as redistribuímos. Perguntamos no grupo quem está precisando e entregamos diretamente”, explica Vanessa.
Fotografias inspiram esperança e superação de mulheres guerreiras
O talento e o desejo de retratar a beleza exterior das pessoas, despertando, ao mesmo tempo, o lado humano e fazendo brotar a autoestima adormecida dentro de cada um, motivaram os fotógrafos Gelia Gentil Passos Fortes e Samir Gentil Passos Fortes a investir em ensaios ousados e transformadores. Mãe e filho abraçaram essa causa e apostaram em um projeto que mudou a vida de muitos pacientes, enfrentando uma doença que, para muitos, poderia ser vista como uma sentença de morte. Após alguns cliques, porém, esses pacientes passaram a enxergar o mundo com outros olhos.
Gelia Gentil Fortes conta que a ideia surgiu há alguns anos, quando uma grande amiga foi diagnosticada com câncer e começou suas primeiras sessões de quimioterapia. “Resolvemos presenteá-la com um ensaio fotográfico com o intuito de melhorar sua autoestima, já abalada pela perda dos cabelos e pelo impacto emocional da doença”, relembra.
A fotógrafa propôs o ensaio, e a amiga aceitou fazê-lo junto com a filha e a neta. Logo após a conclusão do trabalho, Gelia publicou o ensaio como uma produção comum em suas redes sociais. “O ensaio ganhou notoriedade entre várias pacientes oncológicas que essa nossa amiga havia conhecido. Começaram a nos mandar mensagens pelo direct, perguntando se iríamos fazer mais ensaios com pacientes oncológicos, quando seriam e como seriam escolhidos”, relata Gelia.
Diante do sucesso, a fotógrafa decidiu criar o Projeto Borboleta, uma iniciativa fotográfica que visa melhorar a autoestima por meio da fotografia. “Mas o projeto não é voltado apenas para pacientes oncológicos. Já homenageamos pessoas que passaram por cirurgias bariátricas, pais que dedicam suas vidas aos filhos com espectros autistas, hidrocefalia, microcefalia e outras deficiências. Ou seja, o projeto é para todos. Quando decidimos quem será homenageado, lançamos a ideia e iniciamos o trabalho.”
Atitude que muda vidas
Gelia Gentil é uma pessoa altruísta que faz questão de dedicar seu tempo e talento a esses trabalhos, entregando-se completamente a cada ensaio, que geralmente acontece no Parque Potycabana, em sítios ou em um estúdio móvel montado em seu apartamento. “Sentimos que o projeto também ajuda quando os homenageados, que chamamos de ‘nossas borboletas’, veem suas fotos e histórias publicadas em nossas redes sociais. As pessoas comentam e compartilham, e eles percebem que são inspiração para muitas outras pessoas. Isso faz com que se sintam úteis e importantes, mesmo em meio aos desafios que enfrentam”, ressalta.
No entanto, nem tudo é alegria e satisfação na vida da fotógrafa. Quando ela e o filho, também fotógrafo, começaram a trabalhar com pacientes oncológicos, não imaginavam que teriam que se preparar emocionalmente para a perda de alguns deles. “Quando uma de nossas primeiras borboletas faleceu, alguns anos após o ensaio, foi muito difícil. O câncer estava em estágio avançado desde a época do ensaio. A notícia nos abalou profundamente, e publicamos uma nota em nossas redes sociais comunicando o falecimento e nos solidarizando com a família. Depois, o filho dela nos procurou para nos conhecer, e marcamos um encontro”, comenta Gelia.
Imagens ajudaram no tratamento
Em seu depoimento, o filho da paciente relatou que o ensaio havia ajudado muito no tratamento de sua mãe. Ele contou que ela sempre carregava as fotos reveladas consigo, mostrando-as a todos os lugares onde ia. Até nas sessões de quimioterapia e radioterapia, ela exibia as fotos para a equipe médica, demonstrando o quanto estava feliz por ter participado do ensaio. “Esse e tantos outros exemplos nos mostram o quanto o projeto contribui para o tratamento e a recuperação emocional”, afirma Gelia.
Gelia e Samir explicam que contam com parcerias para o sucesso da iniciativa. Nos primeiros anos, tiveram o apoio de uma amiga maquiadora, filha da primeira borboleta homenageada, e utilizaram dois sítios que cederam os espaços como locação para os ensaios. “Tivemos, em uma única ocasião, a parceria de uma loja de roupas. No último ano, montamos um estúdio em nossa casa. Contamos com a parceria de uma maquiadora amiga e recebemos apoio com alguns lenços, pois queríamos algo mais artístico. Mandamos confeccionar quadros por nossa conta e, com coragem, fomos a um shopping de Teresina pedir apoio para nossa primeira exposição fotográfica. E conseguimos!”, comemora Gelia, que serve de inspiração para que outros profissionais sigam o mesmo exemplo.
Projeto Borboleta retrata a beleza interior de pacientes
A operadora de caixa de uma rede de supermercados, Áurea Regina, foi uma das modelos do Projeto Borboleta. Ela conta que vinha investigando a doença há alguns anos, realizando exames, trocando de médicos, mas nunca obtendo um diagnóstico. Enquanto isso, percebia que o tumor estava crescendo e começou a sentir dores. Até que, em uma de suas consultas de rotina, pediu ao médico que solicitasse exames mais aprofundados para entender o que realmente estava acontecendo. “Foi então que recebi o diagnóstico de câncer, depois de anos de angústia sem saber que doença era”, recorda.
Quando tudo parecia estar se encaminhando para um desfecho mais positivo, o inesperado aconteceu. “Comecei meu tratamento com um médico que me deixou bem otimista, cheio de esperança em relação à minha cura. Mas, infelizmente, houve uma fatalidade, e ele faleceu poucos dias após minha consulta. Voltei à estaca zero, tendo que recomeçar tudo do início”, lamenta.
Enfrentando desafios
Após consultas com outros médicos, Áurea finalmente iniciou o tratamento. Submeteu-se a uma cirurgia para a colocação do cateter e começou as sessões de quimioterapia. “Meu tratamento consiste em 16 sessões de quimioterapia; em seguida, uma cirurgia para a retirada total da mama e a colocação de uma prótese. Depois disso, ainda farei mais sessões de quimioterapia ou radioterapia.”
O diagnóstico foi como uma tempestade, mas Áurea Regina conta que decidiu segurar firme o leme e disse a si mesma: “Eu não vou afundar. Eu vou vencer. Tenho que vencer! Hoje estou vivendo um dia de cada vez, sendo feliz hoje, amando hoje, perdoando hoje e mantendo uma vida mais saudável.”
No início, sua família — irmãos e esposo — ficou muito preocupada, acreditando que Áurea poderia não sobreviver. Com o tempo, fortaleceram sua fé e perceberam que ela iria vencer a batalha. “Hoje minha filha é minha fortaleza, e é por ela que vivo! Meu esposo nunca me abandonou e está sempre ao meu lado. Sinto-me muito amada por ele”, resume Áurea.
A participação no ensaio fotográfico também foi um divisor de águas durante o tratamento. A atenção especial que a fotógrafa Gelia e seu filho Samir deram fez toda a diferença. “Depois do ensaio, minha autoestima foi elevada, o que me incentivou a não desistir do tratamento. Conheci outras pacientes passando pelo mesmo processo, com histórias, dilemas, lutas e vitórias diferentes. Foi uma experiência única. Nunca tinha vivido algo parecido. Fazer o ensaio me fez sentir uma estrela de novelas, enquanto lutava pela vida e enfrentava uma doença mortal. Graças a Deus, hoje estou aqui, dando meu depoimento. Já se passaram dois anos e nove meses desde que comecei o tratamento, e agora estou no período de remissão. Tudo está sob controle”, relata emocionada.
Descoberta da doença
A professora e coordenadora pedagógica Raimunda Pereira também compartilhou sua experiência. Ela descobriu o câncer de mama em novembro de 2021, durante exames de rotina. Passou por uma cirurgia na mama direita e realizou seis ciclos de quimioterapia. Raimunda explica que o diagnóstico foi um grande susto, mas também um despertar. “Percebi a necessidade de desacelerar. No início, foi um choque, mas trouxe aprendizados e me ajudou a enxergar o que realmente importa na vida.”
Raimunda destaca que o carinho, amor e cuidado da família e dos amigos foram fundamentais em seu processo de cura. “Foi um susto para todos, mas, aos poucos, aprendemos a lidar com tudo”, afirma, ressaltando que o câncer lhe proporcionou muitas reflexões e transformações positivas.
Por fim, a professora fez questão de relatar sua experiência no ensaio fotográfico. “Amei a ideia de participar do Projeto Borboleta e sou muito grata! Sempre fui introspectiva e envergonhada, não gostava de tirar fotos. Hoje, sinto-me mais à vontade e bonita. O tratamento e a cura acontecem de forma global, em todos os aspectos”, pondera Raimunda.
“O ensaio cumpriu seu objetivo de fortalecer e aumentar minha autoestima. Fez-me perceber e realçar minha beleza. Antes, era muito envergonhada e não gostava de fotos. Hoje sou extrovertida e feliz. Apesar de continuar o tratamento oncológico, graças a Deus, está tudo bem. A transformação que vivi contribuiu muito para o sucesso do meu tratamento.”
AMAC leva qualidade de vida e bem-estar a pacientes com câncer
Localizada no bairro Ininga, zona Leste de Teresina, a Associação Muito Além de um Câncer (AMAC), que tem como presidente Talita Rozzett de Oliveira (vídeo), apoia pacientes em tratamento oncológico e seus familiares, oferecendo orientações nutricionais sobre como se alimentar bem, praticar exercícios físicos e abandonar o sedentarismo. Além disso, conta com o suporte de psicólogos para tratar a parte emocional dos pacientes e oferece apoio espiritual, conduzido pelos próprios líderes da associação em parceria com algumas igrejas da cidade.
Esse trabalho voluntário, segundo o administrador financeiro da AMAC, Abraão Oliveira Sousa, é fundamental e impacta diretamente a vida dos pacientes. A associação conta com cerca de 100 parceiros que são doadores mensais e contribuem dentro de suas possibilidades. “A AMAC trabalha na conscientização sobre a prevenção do câncer por meio de palestras em escolas, faculdades, igrejas e até mesmo em cidades do interior do Piauí”, destaca Abraão.
Ele acrescenta que, durante as palestras, são sempre mencionadas a importância de uma boa alimentação, da prática de exercícios físicos e do cuidado com o emocional e o espiritual.
Abraão reforça que o maior desafio enfrentado pela associação é o equilíbrio financeiro e a falta de funcionários. “Pretendemos estabelecer uma cooperação com os órgãos do governo para que sejam cedidos dois funcionários que trabalhem 40 horas por semana. Essa é uma das formas de superar esse desafio. Outra é aumentar o número de doadores, ou seja, conseguir mais pessoas que contribuam mensalmente com valores a partir de vinte reais. Nosso objetivo é arrecadar dois mil reais adicionais por mês para cobrir os custos operacionais da associação”, conclui.