Felipe, de apenas 7 anos, carrega no sorriso e no colar colorido a força de uma infância marcada pelo amor, mesmo diante dos desafios. Seu pai, Francisco Rodolfo, acompanha cada passo: nas terapias, na escola e no desenvolvimento do filho. Para ele, ser um pai presente é uma missão diária que exige coragem e dedicação. Há um ano, os dois encontraram na Associação Prismas um lugar de acolhimento, aprendizado e transformação — uma verdadeira família construída pela união de quem vive a rotina de crianças atípicas.
A Prismas funciona a partir de coordenações voluntárias, cada uma responsável por projetos específicos que vão desde atividades lúdicas até capacitações em primeiros socorros, lideradas por profissionais parceiros, como o Corpo de Bombeiros. Fundada em 2018 e legalizada em 2021, a instituição ganhou um novo impulso ao receber um espaço cedido pela Prefeitura de Teresina. Ali, voluntários se uniram para pintar, organizar e estruturar o ambiente que hoje acolhe dezenas de famílias, com destaque para o apoio essencial da Águas de Teresina.
Na quinta-feira (20), a associação comemorou quatro anos com um dia lúdico repleto de música, atividades, pintura e muita troca afetiva. A ação contou com o projeto de voluntariado das Águas de Teresina, que estimula seus colaboradores a dedicarem tempo e talento em iniciativas comunitárias. Para muitos deles, participar da celebração foi também uma forma de aprendizado e conexão com a causa do autismo, fortalecendo o olhar sensível às necessidades locais.
Entre os voluntários, mães atípicas destacaram a importância do acolhimento. Trabalhar em uma empresa que compreende suas rotinas e ainda incentiva a participação em ações inclusivas é, para elas, motivo de gratidão. Elas lembram que o preconceito ainda é uma realidade e que espaços como o da Prismas ajudam a quebrar barreiras, permitindo que crianças autistas e suas famílias sejam recebidas com respeito, cuidado e afeto.
A celebração dos quatro anos da Associação Prismas reafirma seu papel fundamental na inclusão e na construção de uma sociedade mais empática. Para as crianças, o dia foi de alegria e descoberta. “Tô gostando de brincar com os amiguinhos”, contou João Cabral, um dos pequenos participantes. Entre abraços, risos e cores, a Prismas segue sua missão: mostrar que ser diferente é absolutamente normal — e que juntos é possível transformar vidas.