Em nota divulgada nesta quinta-feira (13), o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) afirmou que o governo fez "manobras espúrias" para fabricar "artificialmente" o resultado da votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
O relatório de Zveiter, que recomendava o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer, foi derrotado durante a sessão desta quinta. Depois, a CCJ aprovou um segundo relatório, do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), recomendando a rejeição da acusação.
Na nota, o deputado do PMDB afirma que respeita o resultado da votação, mas que lamenta os métodos empregados pelo governo para alcançá-lo.
"Não fossem as trocas de membros, feitas de forma não republicana para barrar as investigações, tenho convicção de que o colegiado teria recomendado ao Plenário a admissibilidade da grave denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da Republica", disse Zveiter no texto.
"Por isso, mantenho acesas a chama e a esperança de que no Plenário da Câmara dos Deputados, dentro de sua soberania, as manobras espúrias do Executivo não surtirão o mesmo efeito, e a autorização será concedida", complementou.
Zveiter afirmou ainda que, para marcar posição, decidiu deixar a sala da CCJ durante a votação do parecer de Abi-Ackel e, com isso, não votou.
Nota do deputado Sergio Zveiter
Democraticamente, respeito o resultado da votação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, mas lamento os métodos empregados pelo governo para fabricá-lo artificialmente.
Não fossem as trocas de membros, feitas de forma não republicana para barrar as investigações, tenho convicção de que o colegiado teria recomendado ao Plenário a admissibilidade da grave denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da Republica.
Por isso, mantenho acesas a chama e a esperança de que no Plenário da Câmara dos Deputados, dentro de sua soberania, as manobras espúrias do Executivo não surtirão o mesmo efeito, e a autorização será concedida.
Por fim, reitero que, para marcar minha posição diante desse processo, deixei de votar no segundo relatório debatido na CCJC hoje.