Zona Norte concentra 40% dos atendimentos realizados pela Defesa Civil

O mapeamento feito pela gerência detectou 56 áreas de risco existentes na capital.

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O trabalho da Defesa Civil Municipal se intensifica bastante durante o período chuvoso em Teresina. Somente no mês de janeiro, foram atendidas cerca de 30 ocorrências emergenciais por meio do telefone 153, deste total, quatro foram em decorrência de desabamentos. A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) está monitorando todos os pontos em situação de risco por meio da Gerência de Defesa Civil.

O mapeamento feito pela gerência detectou 56 áreas de risco existentes na capital. A zona Norte concentra 40% das ocorrências e riscos de alagamentos, desabamentos e deslizamentos próximos à residências. Ana Carolina de Oliveira passou por um grande susto com o esposo e os dois filhos, um de dois anos e outro de 10 meses. A doméstica de 28 anos teve sua residência no residencial Dilma Rousseff totalmente comprometida em decorrência das chuvas de janeiro e precisou deixar a casa.

“Eu e minha família estávamos já deitados à noite quando começou a chover forte. Como nossa casa era de barro, as paredes começaram a cair. Nós estávamos sem contato com ninguém e decidimos ligar para a Defesa Civil. Eles foram lá, viram nossa situação e falaram que deveríamos sair de casa. O primeiro atendimento foi com a Defesa Civil, depois a Assistência Social da Prefeitura veio nos visitar. Eles foram muito solidários com a gente. Conseguimos alugar uma casa paga pela Prefeitura”, explicou Ana Carolina.

Os agentes da Defesa Civil realizam o primeiro atendimento no local e encaminham as demandas para as Superintendências de Desenvolvimento Urbano e Rural (SDUs/SDRs). As SDUs e SDRs fazem uma vistoria e avaliam o grau de comprometimento das construções. Após avaliação da equipe de engenharia, é feito um segundo encaminhamento, desta vez, para a equipe socioassistencial da Semcaspi.

Através do Programa Cidade Solidária, as famílias em situação de vulnerabilidade recebem um auxílio financeiro destinado a sanar a demanda habitacional, o aluguel solidário. Segundo Kânia Brito, gerente de Proteção Social Básica da Semcaspi, atualmente há 346 famílias cadastradas no programa Cidade Solidária nas duas modalidades, Aluguel Solidário e Família Acolhedora. Em janeiro deste ano, 14 famílias começaram a receber o auxílio de aluguel.

“O fluxo inicia a partir do atendimento pelo número 153. A Defesa Civil vai até o local, identifica a situação e encaminha para SDU para ser aberto o processo; após isso, o processo vem para a Semcaspi, onde é feito a solicitação para inclusão no Cidade Solidária. O valor pago é de R$ 300,00 durante seis meses, podendo ser renovado por igual período, e só encerra quando a demanda da família houver sido solucionada”, afirmou a gerente.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Deolindo Nascimento, o órgão está fazendo visitas frequentes em todas as áreas de risco. O trabalho integrado com as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) e as Superintendências de Desenvolvimento Rural (SDRs) também verifica os sistemas de drenagem e é feito limpeza de bueiros a fim de evitar os transtornos causados pelas chuvas.

A Defesa Civil alerta que os locais em situação mais crítica são Parque da Vitória, Parque Eliane e Irmã Dulce na zona Sul; Vila Apolônio, Parque Brasil e Parque Alvorada na zona Norte; Vila Mandacaru, Pedra Mole e Vila do Avião na zona Leste; Pedro Balzi, Vila Verde e Deus Proverá na zona Sudeste. Na zona rural o acompanhamento está sendo realizado no povoado Santa Luz, São Vicente e Cajazeira.

A população pode entrar em contato com a Defesa Civil por meio do número 153. Sobre o Aluguel Solidário, basta procurar um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo ou solicitar atendimento pelo telefone 3131-4729 da Gerência de Proteção Social Básica da Semcaspi.

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