O governador Wellington Dias se reuniu, nesta quinta-feira (12), com representantes da Leonardo – principal empresa aeroespacial e de defesa da Itália, além de membros da Prefeitura de Maricá e da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), no Rio de Janeiro. O encontro foi um desdobramento da agenda do Consórcio Nordeste na Europa e tratou de futura parceria com a empresa italiana.
De acordo com o chefe do executivo piauiense, o encontro foi importante para marcar as negociações com a empresa Leonardo, estatal que atua na área de tecnologia para setores como segurança, saúde e ações de emergência. “A empresa Leonardo, é uma estatal italiana que trabalha na produção de helicóptero, embarcações, câmeras de monitoramento, drones, entre outros equipamentos. A intenção é trabalhar a preparação de um termo de cooperação, que vai envolver o governo da Itália e o brasileiro-piauiense”, explicou Wellington.
O grupo italiano Leonardo é uma empresa especializada em tecnologias da segurança e saúde que já realiza um projeto piloto na cidade de Maricá em parceria com a Codemar e a prefeitura do município. O presidente da Codemar, José Orlando Dias, explicou que essa parceria foi se construindo ao longo de alguns anos com o governo da Itália, no qual a Leonardo é a protagonista desse convênio. “Entendemos a Leonardo como uma companhia que pode nos ajudar bastante nas questões de segurança, de controle ambiental, de algumas questões que temos aqui dentro e também, ela sendo uma companhia de aviação, na própria relação do desenvolvimento econômico atraindo empresas desse segmento para dentro do município. A partir daí, foi constituído uma joint venture, que tem como finalidade criar um modelo de segurança que envolve uma série de modelos tecnológicos e, a partir do conhecimento desse projeto, o Governo do Piauí tem interesse em conhecer e começar a conversar com a Leonardo a respeito de poder, de alguma forma, tê-la dentro do estado, visto que o Piauí vem investindo bastante nessa questão da segurança e a empresa tem um modelo adequado àquilo que é necessidade do estado”, destacou José Orlando.
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, afirma que a segurança da cidade é um desafio, mas que a parceria com a empresa italiana já está gerando resultados positivos. “Temos desenvolvido muito essa questão dos serviços de monitoramento de vigilância, de inteligência. Essa possibilidade, a partir de um estudo que estamos combinando com o Governo do Piauí, traz para a cidade o primeiro grande fruto dessa parceria da criação dessa joint venture de um desenvolvimento que se tem buscado nessa área. Então, esperamos aprofundar esses estudos, construir os acordos de cooperação técnica necessários para a feitura desse processo e, sem dúvida nenhuma, acho que ganhará muito a Codemar, que desenvolveu esse processo, e o estado do Piauí, que vai ganhar, certamente, tecnologia, uma dimensão de um processo de know how muito específico para a segurança”, disse o gestor.
“A partir de agora, a equipe técnica tanto do Piauí quanto da Itália irá preparar um termo de cooperação para que possamos recebê-los no Piauí, já em janeiro, e, na oportunidade, tratar de alguns temas que foram aqui levantados, como parcerias público-privadas (PPPs), mas destaco dois importantes: o projeto integrado Itália-Piauí voltado para esta área de segurança, saúde e situações de emergências”, declarou Wellington Dias.
O governador acrescenta que na reunião também surgiu a possibilidade de parcerias com o governo italiano que possam trazer qualificação para os produtores piauienses e que abram as portas para os produtos do estado. “Em um segundo momento do encontro em Maricá estive reunido com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Gianfranco Fini. Ele tem uma equipe que cuida de modo especial das pequenas e médias empresas na Itália e já estudou o estado do Piauí. Quero estreitar uma parceria. O estado é produtor de frutas, grãos, de mel, animais e queremos que o governo da Itália possa promover a capacitação de pequenos empreendedores piauienses a fim de que tenhamos a condição de ampliar a exportação da produção dos pequenos e médios produtores para a Itália e, ao mesmo tempo, que esses produtos possam ter um valor agregado para comercialização na comunidade europeia. Então, é uma porta extraordinária que estamos abrindo”, finalizou Wellington Dias.