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Voo com 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos chega a Fortaleza

A prática de algemar todos os deportados foi implementada pelo governo dos Estados Unidos desde a gestão de Donald Trump, independentemente de os imigrantes terem cometido crimes.

Avião com 111 deportados chega a Fortaleza | Foto: Reprodução
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Um voo com 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou a Fortaleza nesta sexta-feira (7), conforme confirmado pelo Itamaraty. A deportação ocorre em meio ao aumento no número de repatriações realizadas pelas autoridades americanas. Diferentemente do ocorrido em janeiro, quando imigrantes retornaram ao Brasil algemados, desta vez não houve o uso do equipamento de contenção.

Escalas

Os deportados embarcaram em Alexandria, na Louisiana, com uma parada técnica em Porto Rico antes de seguir para o Brasil. O presidente Lula (PT) determinou que um diplomata do Consulado-Geral em Houston acompanhasse o embarque. O destino final da operação é o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), para onde os repatriados serão transportados em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).

Procedimento

Inicialmente, o plano era que o voo pousasse diretamente em Belo Horizonte, assim como a operação anterior, que trouxe 88 brasileiros deportados. No entanto, a Presidência da República alterou o procedimento para evitar que os deportados desembarcassem algemados em solo brasileiro, como ocorreu em janeiro. Naquela ocasião, houve relatos de condições precárias e abusos durante o voo.

Algemas 

A prática de algemar todos os deportados foi implementada pelo governo dos Estados Unidos desde a gestão de Donald Trump, independentemente de os imigrantes terem cometido crimes. No primeiro voo de deportação do ano, em 24 de janeiro, as autoridades brasileiras foram surpreendidas pelo uso das algemas, o que levou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a ordenar sua remoção assim que a aeronave pousou em Manaus (AM).

Violação

Ministério da Justiça classificou a tentativa de manter os brasileiros algemados como uma violação dos direitos fundamentais, enquanto o Ministério das Relações Exteriores (MRE) considerou a medida “inaceitável” e “degradante”. A chancelaria brasileira afirmou ainda que a prática fere um acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos em 2018 sobre o tratamento de deportados.

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