Vítima de sargento estuprador ficou sem sair de casa até prisão

A vítima, uma nutricionista de 26 anos, estava com o filho, de 5 meses, quando foi atacada pelo sargento

O sargento Edvaldo Silva Rodrigues Junior, preso pela 25ª DP | Fabiano Rocha / Arquivo
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Uma das vítimas do sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Júnior - preso pelo estupro de, pelo menos, dez mulheres - revelou hoje que, traumatizada, só conseguiu sair de casa ao saber que o militar estava preso. A vítima, uma nutricionista de 26 anos, estava com o filho, de 5 meses, quando foi atacada pelo sargento, no Riachuelo, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

A princípio, ela não registrou o caso com medo de ser perseguida pelo criminoso. Ontem, ela quebrou o silêncio e prestou depoimento na polícia. Ela relata que viu a caveira na traseira da moto dele, reconhecida por outras vítimas, e que foi abordada por Edvaldo numa rua deserta.

Em seu depoimento, a vítima conta que o militar se masturbava no meio da rua e que foi atrás dela, até encurralá-la no portão de uma fábrica. De acordo com a nutricionista, não houve contato sexual entre eles.

O sargento servia na Base Aérea do Galeão e foi preso pela 25ª DP (Sampaio).

O ataque foi por volta das 17h30m de 16 de novembro. A nutricionista empurrava um carrinho com o bebê pela Rua Luiz Anchieta quando percebeu a aproximação de um homem de moto. Indiferente à presença da criança, ele a cercou, na parede. E, se masturbando, disse: ?Prazer, qual o seu nome??.

Em pânico, a nutricionista começou a gritar. O motociclista tentou inibi-la, mandando que ela calasse a boca. Mas a nutricionista continuou gritando e acabou chamando a atenção de um vizinho. Assustado, o homem voltou a subir na moto e fugiu.

A vítima reconheceu Edvaldo por causa das reportagens publicadas sobre o caso e decidiu registrar ocorrência na 25ª DP (Engenho Novo).

- Estou chocado. Isso só demonstra mais ainda a periculosidade dele. Esse sujeito não tem a menor condição de conviver na sociedade. É um monstro - disse o delegado Antenor Lopes.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES