Segundo relatórios divulgados pelas unidades socioassistenciais do município, as vistorias realizadas pela Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), já reencaminharam 52 venezuelanos aos abrigos. As ações vêm sendo realizadas nos sinais de trânsito, com objetivo de coibir a mendicância das crianças.
As equipes, compostas por agentes de proteção social, assistentes sociais e conselheiros tutelares vem atuando, desde o dia 27, em pontos fixos estratégicos em que se observou a prática recorrente da mendicância com a utilização de crianças. Na ocasião de articulação dessa medida, o secretário da Semcaspi, Samuel Silveira, ressaltou que os venezuelanos vêm recebendo toda a assistência necessária da Prefeitura.
“A Prefeitura está empenhada em acolher e prestar toda a assistência humanitária e institucional aos migrantes venezuelanos. Além dos abrigos, disponibilizamos, juntamente com as ONGs, produtos de higiene e limpeza, alimentação, vacinas, segurança dos espaços, e todo um trabalho social. A mendicância põe em risco a vida das crianças e é contra nosso código de lei”, enfatiza.
De acordo com último levantamento feito pela Semcaspi, em Teresina vivem atualmente 133 refugiados venezuelanos, que estão acolhidos em dois abrigos administrados pela Prefeitura de Teresina. Os venezuelanos chegaram em Teresina no dia 13 de maio. Os migrantes são indígenas da etnia Warao e estão refugiados devido a crise econômica e política na Venezuela.
O número deles na capital já chegou a 206 no mês passado, mas alguns já migraram para outras cidades. Cerca de 40% são crianças e adolescentes. Os migrantes não sabem ler, não falam português e possuem dialeto e religião própria.