O terminal de ônibus do Parque Piauí, localizado na zona Sul de Teresina, teve sua obra finalizada em fevereiro deste ano, mas a entrega não significou que os problemas recorrentes à acessibilidade estivessem resolvidos. As plataformas de embarque e desembarque têm causado algumas dificuldades para cadeirantes que utilizam diariamente o transporte público.
A Associação de Cadeirantes do Município de Teresina (Ascamte) e a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-PI, junto da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans), realizaram uma vistoria na manhã da sexta-feira (3), no terminal, a fim de diagnosticar os problemas que cadeirantes enfrentam.
“A gente veio na vistoria e comprovou a inexistência da acessibilidade. Nós encontramos apenas 4 ônibus com rampas. Infelizmente, o cadeirante, aqui em Teresina, tem que depender da ajuda de pessoas. O que vai contra a lei, que estabelece que é preciso haver o embarque e desembarque com sua autonomia”, relatou Wilson Gomes, presidente da Associação dos Cadeirantes.
O secretário de Transportes, Francisco Nogueira, constatou os problemas existentes, mas garantiu estar dentro das normas exigidas. “Existem várias características típicas no terminal. Ele foi construído com base na Lei da Acessibilidade e foram aprovadas pelo Conselho de Arquitetura e demais órgãos”, assegura.
O maior problema identificado se refere à diferença da altura das rampas dos ônibus às plataformas. Os ônibus que não permitem um encaixamento, segundo o secretário, vieram de acordo com o modelo de ônibus do Estado de São Paulo. Após as vistorias, o secretário confirmou que os problemas vão ser solucionados. (A.S.)