O vídeo de um homem amarrado para tomar a vacina contra Covid-19 e uma mulher que segura a corda viralizou na internet nesta semana. O g1 conversou nesta quarta-feira (2) com Ana Maria Andrade, 66 anos, que aparece na cena e esclarece que a história verdadeira é diferente do que se espalhou pela web.
Na legenda da imagem publicada nas redes sociais, a história seria que uma esposa havia amarrado e arrastado o marido negacionista para tomar a vacina. Não foi o que aconteceu.
Segundo Ana Maria, o homem que aparece amarrado é Cícero Sabino, 47 anos, um colega de trabalho dela na Associação de Moradores do Loteamento Asa dos Ventos (Amav), em Rio Largo, região metropolitana de Maceió. O vídeo foi gravado na última na última quinta-feira (27) na Unidade de Saúde Benedito Lopes, em Rio Largo.
A mulher explicou que Cícero estava com medo da injeção e, para deixá-lo mais tranquilo, decidiu fazer a brincadeira de amarrá-lo. Ela disse que eles não são um casal nem o colega amarrado é contra a vacina.
"A história não é essa [que a mulher amarrou o marido e levou para vacinar]. A história foi assim: eu trabalho na associação, aí o presidente foi vacinar o funcionário que é meu colega. Quando chegou lá no posto de saúde Benedito Lopes, ele [Cícero] estava medo de tomar a vacina. Aí eu, na brincadeira, perguntei ao presidente se ele tinha corda no carro, e ele tinha. Só que ele pensou que a corda era para alguém do posto que estava precisando. Quando eu peguei a corda, vi ele [Cícero] quietinho, com medo...E amarrei ele! A turma ficou rindo e na hora que chamou o número dele, a senha, eu entrei com ele amarrado. Ele tomou a vacina e cantaram parabéns. O que aconteceu foi isso. Ele é um colega de trabalho, não é meu esposo", contou Ana.
No fim, Cícero foi vacinado mesmo com medo, e a brincadeira dos colegas ganhou a internet. Ele, inclusive, não participou da entrevista porque estava trabalhando no horário.
"Foi sem maldade, uma brincadeira. Eu não achei que ia sair, achei que ia ficar só no posto que a gente estava. A Luana, funcionária do posto de saúde, foi quem gravou. Foi uma brincadeira simples. Não tinha noção do que ia acontecer [essa repercussão]. De repente, quando cheguei em casa, já estava por todo canto. Eu cheguei brincando, contei para o meu marido que fiz uma brincadeira com o Cícero no posto de saúde. Ele deu muita risada", disse Ana Andrade.