Morreu na noite de sábado (2) em Santarém(PA), o violonista Sebastião Tapajós. Ele estava com 78 anos. O músico estava internado em Santarém, onde passou por uma cirurgia, e receberia alta neste domingo(3), mas teve um mal súbito e veio a falecer. Segundo informações do Sindicato dos Médicos(Sindmepa).
A Câmara Municipal de Santarém divulgou uma nota de pesar.
“O legislativo santareno reconhece o talento e o valor desse artista para a cultura santarena, que, com seu trabalho, levou o nome da Pérola do Tapajós para vários continentes. Foi em terras mocorongas [natural de Santarém ou que vive na região do Rio Tapajós] que Sebastião Tapajós escolheu viver seus últimos dias, ficando a gratidão do nosso povo. Ao mesmo tempo, os vereadores santarenos se solidarizam com familiares e amigos desse grande artista”.
Carreira
Sebastião Tapajós gravou mais de 50 discos, sendo o primeiro de 1967, com o nome de Violão e Tapajós, e o último, de 2014, com o título de Violões do Pará, em parceria com Salomão Habib.
Na década de 1970 fez turnês pela Europa ao lado de Paulinho da Viola e Maria Bethânia e gravou na Alemanha, e ainda lançou discos com temas regionais do Pará e da América Latina.
Prêmio Melhor Músico
No ano de 1992 recebeu o prêmio de Melhor Músico Brasileiro, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Foi um músico de grande talento tendo ao longo da carreira, Sebastião Tapajós reinterpretou melodias e canções de grandes nomes brasileiros como Villa-Lobos, Radamés Gnattali, Guerra-Peixe, Cartola, Ary Barroso e Pixinguinha, além de pesquisar os ritmos da Amazônia e gravar discos em parceria com Hermeto Pascoal, Baden Powell, Sivuca, Gerry Mulligan, Oscar Peterson, Paquito D’Rivera e Astor Piazzolla.
Consagrado internacionalmente, Tapajós costumava fazer turnês por diversos países. Foi gravado por artistas como Emílio Santiago, Miltinho, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Maria Creuza, Fafá de Belém, Nilson Chaves e Ana Lengruber.