O avião da TAM que cairia na manhã desta quarta-feira com dezenas de pessoas sobre prédios da avenida Paulista, próximo ao cruzamento com a alameda Campinas, está a salvo. As palavras – tanto a previsão quanto a desconstrução dela – são do consultor em direito e economia Jucelino da Luz, 54 anos, o mesmo que tem afirmado, nas últimas semanas, que um sonho premonitório lhe apontara a suposta tragédia, com data e hora marcada: o dia 26 de novembro deste ano, logo após a decolagem do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, para Brasília.
Nesta terça-feira, Luz, que se afirma “não um vidente, mas um premonitor” disse que providências que teriam sido tomadas pela própria TAM ‘desfizeram’ a premonição – a qual, registrada em cartório em 2005, rendeu um ofício dele à empresa aérea no último dia 29 de outubro pedindo uma vistoria na aeronave. De acordo com o sonho do consultor, diz ele, a queda ocorreria após uma pane em uma das turbinas. Na semana passada, a TAM mudou o número do voo – de JJ-3720 para JJ-4732 --, mas não informou o motivo da medida.
“A TAM já tinha me informado que tomaria providências. Primeiro, mudaram o número do vôo; ontem (segunda-feira), uma pessoa da empresa me ligou e disse que a aeronave foi trocada. Não sei por que, para a imprensa não estão dizendo isso”, afirmou Luz, que preferiu não citar o nome nem a área do funcionário que teria telefonado a ele.
Segundo o “premonitor”, essa já seria a segunda vez que a empresa mudaria planos alertada por premonições dele. “Em 29 de outubro de 2007, eles retiraram o vôo JJ 3300, que era para cair na viagem entre Fortaleza a Guarulhos. Desta vez, pedi no dia 29 de outubro passado, em uma notificação, que a empresa tivesse o bom senso pela retirada também desse avião – então não tem mais previsão de acidente, porque o fato foi mudado por ela, que acreditou no meu trabalho e o levou a sério”, acredita.
Luz contou que a visão ou premonição veio durante um sonho no qual ele seria “um dos passageiros do vôo”. “Veio tudo detalhado, assim, como se estivessem falando para nós. Foi uma espécie de sonho, uma viagem astral – como se eu entrasse dentro de um túnel, em um sono profundo, e aí eu participasse do evento”.se eu entrasse dentro de um túnel, em um sono profundo, e aí eu participasse do evento”.