O vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, vai a júri popular acusado de ser o mandante do assassinato do ex-vereador Emídio Reis da Rocha. A decisão é da juíza de Picos, Nilcimar Rodrigues. Além do vice-prefeito, vão a júri popular também quatro pessoas acusadas de envolvimento no crime.
Emídio Reis foi enterrado vivo em fevereiro do ano passado após cair em uma emboscada no município de São Julião. Ele possuía uma farta documentação que comprovava uma negociação entre o prefeito José Neci e o vice para a troca de cargos dois anos após a eleição. O gestor renunciaria e deixaria Francimar administrar a cidade até o fim do mandato.
No inquérito concluido pelos policiais do Grupo de Repreensão ao Crime Organizado (Greco), o vice José Francimar Pereira é suspeito de ser o mandante do crime. O suposto agenciador é Joaquim Pereira Neto e os acusados de serem os executores são: Antônio Sebastião de Sá, José Gildásio Brito e Válter Ricardo da Silva.
A juíza ouviu testemunhas e analisou a defesa de todos os réus, apresentando sentença com indício suficiente de autoria e materialidade do crime, por isso todos vão a juri popular.
O vice-prefeito está preso no Batalhão da Polícia Militar em Picos. UM dos acusados está no presídio do município e o restante nas penitenciárias Irmão Guido e Casa de Custódia.
Todas as provas apresentadas pelo Greco foram acatadas pela Justiça. Esteve à frente do caso, o delegado Lucy Keiko.
O ex-parlamentar foi morto em janeiro do ano passado com dois tiros e, possivelmente, enterrado ainda vivo. Seu corpo foi encontrado em uma cova na beira de uma estrada nas proximidades do município de Pio IX.