Amigos e familiares, além de uma multidão de populares, compareceram ao enterro do atacante Claudio Milar na manhã deste sábado, no Cemitério Municipal do Chuy, do lado uruguaio. Milar, 34 anos, foi uma das vítimas do acidente com o ônibus da delegação do Brasil de Pelotas, ocorrido no fim da noite de quinta-feira, no entroncamento da BR-392 com a RS-471, na altura de Canguçu, no sul do Rio Grande do Sul.
O zagueiro Régis e o preparador de goleiros Giovani Guimarães, também mortos no acidente, foram sepultados na sexta-feira em Pelotas.
Vestido com a camisa 7 do clube gaúcho, o corpo do jogador começou a ser velado no Uruguai às 16h30m de sábado, após um rápido velório no Estádio Bento Freiras, em Pelotas, na sexta-feira. Na cidade gaúcha, o cortejo foi aplaudido por mais de 2 mil pessoas.
No Chuy, familiares e amigos de infância do artilheiro se mostravam muito abalados. Sobre o caixão, uma camisa do clube autografada pelos atletas do clube homenageava o jogador. Emocionado, o pai do jogador, Roberto Milar, tentava dar forças à família. A mãe do ídolo xavante, Mariza, era contida a todo momento por amigos e teve de ser carregada após o sepultamento.
Homero Glauco, conselheiro do Brasil de Pelotas, conta que Milar fazia planos para depois que saísse dos gramados:
? A preocupação era jogar no clube até a data do centenário, no dia 7 de setembro de 2011. Essa era a grande meta dele. Ele encerraria a carreira ali. Depois a ideia dele era ser dirigente e até presidente do Brasil de Pelotas ? contou.
Amigo da família e que conhecia Milar desde pequeno, Cesar Perez disse à "Rádio Gaúcha" que estava combinando de sair de sua cidade e ir até Pelotas para ver a estreia do Xavante no Campeonato Gaúcho, diante do São José-PA.
? O Claudio não parou muito nos lugares onde andou. Teve vitórias na Europa, Uruguai e Argentina. A gente estava combinando de ir ver o jogo em Pelotas. Havia anos que eu não o via jogar. Agora passou ? lamentou Cezar, amigo do pai do jogador.