Vereador se revolta com presença de casais homoafetivos em campanha

Segundo ele, a presença dos casais é uma 'pornografia'.

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Uma campanha de conscientização sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST) desenvolvida pela Prefeitura Municipal de São Carlos (SP) causou revolta em um dos vereadores da Câmara Municipal. A arte do material de divulgação contém casais homoafetivos e um casal formado por homem e mulher, deitados em uma cama e cobertos por um lençol. Para o parlamentar, o conteúdo é pornográfico.

Integrantes do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) avaliam a situação como homofobia e prometem um ‘beijaço’ como forma de protesto na próxima sessão da Câmara.

A prefeitura divulgou uma nota na sexta-feira (18) informando que o material publicitário foi desenvolvido atendendo às determinações do governo federal e que utiliza a última campanha lançada pelo Ministério da Saúde como exemplo.



Repercussão


O vídeo foi postado em uma rede social e tem mais de 9,5 mil visualizações. Nele, o vereador Leandro Augusto do Amaral (PSB) contou que viu uma criança de 6 anos questionando a mãe se as duas mulheres que compõem a arte da campanha eram namoradas.

Indignado, o parlamentar afirmou que uma ação como essa faz com que as crianças percam a inocência. Ele também criticou a má aplicação do dinheiro público.

Polêmica

Em uma das falas do vídeo, o parlamentar afirma que a campanha traz uma mensagem subliminar. Questionado, Amaral respondeu que a mensagem em questão é a apologia ao sexo.

A criança bate o olho na figura e já sabe o que é, tem coraçãozinho, travesseiro, é uma mensagem subliminar, uma mensagem de sexualismo. Fiz o vídeo porque o caso da criança me chamou atenção, essa é a minha preocupação, com o público infantil”, disse.

O vereador disse acreditar que o foco da campanha deveria ser o preservativo e não a forma como as infecções são transmitidas.

“O foco teria que ser o que evita a doença, que é a camisinha. Então vamos trabalhar no preservativo e não na imagem ilustrativa de sexo. Que colocassem naquele espaço que tem uma camisinha bem grande, porque a parte debaixo está perfeita. Mas a parte de cima foi maldade, foi pornografia”.

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