Ponto de encontro certeiro para quem procura economizar na compra de material escolar, a Feira de Livros usados registra movimentação intensa durante o mês de janeiro.
No bazar é possível encontrar livros didáticos e paradidáticos usados com descontos de até 50% em relação às livrarias, motivo pelo qual os pais buscam o local, pois “é possível empregar a economia feita na feira na compra de outros materiais, como fardamento, mochila e acessórios como cadernos, pincéis, agendas e canetas”, conta um cliente.
A economia do freguês é o lucro dos vendedores que, no mês de janeiro, chegam a faturar R$ 10 mil com a venda dos didáticos. Entretanto, o lucro deles é comprometido por ‘atravessadores’ que praticam a compra e venda de livros através de maneira escusa.
Os atravessadores são vendedores avulsos que circulam nas proximidades da feira comprando livros a preço abaixo do praticado nos quiosques da feira. Estas pessoas geralmente circulam nos arredores da Praça do Fripisa, portando placas de compra e venda de livro.
Mesmo não sendo ilegal, a prática prejudica o mercado dos vendedores, que de forma sindicalizada estipulam valores máximos para a venda de livros. “São vendedores não cadastrados que ficam nas paradas de ônibus e ruas próximas à feira. Eles interceptam os pais antes deles chegarem aqui e compram livros por um valor muito abaixo do que nós praticamos.
Depois eles tentam vender para nós por um preço bem acima do que pagamos normalmente”, conta Francisco Macedo, proprietário de um estande na feira.O valor dos livros vendidos na feira são regidos por uma tabela de preços que vale para todos os quiosques de lá.
Por exemplo, um livro do Ensino Médio custa no máximo R$ 100, enquanto um didático de Ensino Fundamental não pode ultrapassar o valor máximo de R$ 60.
E enquanto os feirantes compram um livro usado por cerca de R$ 40 diretamente da mão dos pais, os atravessadores adquirem por cerca de R$ 15 a R$ 20, e tentam vender de forma irregular na feira.
“São vendedores não cadastrados que não portam farda ou identificação de nenhuma loja daqui. Eles criaram um mercado paralelo dentro da nossa própria feira. E querem faturar mais que nós”, conta outro lojista que não deseja ter a identidade revelada.
Apressados para garantir todos os livros dos filhos antes do início das aulas, os pais que não prestam atenção podem comprar gato por lebre. Foi o caso do promotor de vendas Klécio Morais, que fez negócio com um dos atravessadores ao chegar na Praça do Fripisa e acabou comprando um livro didático da filha por um valor acima do praticado pelos vendedores credenciados.
E só se deu conta do prejuízo quando viu a tabela de preços afixada no quiosque. Os pais devem ficar de olho e evitar fazer negócio com os vendedores não credenciados, senão a economia pode ser menor, até inexistente.
“Escolhi a feira porque aqui a gente consegue descontos de até metade do preço e os livros geralmente estão em bom estado de conservação. Só fiquei chateado porque, na pressa, decidi comprar uns livros na entrada e só percebi que estavam mais caros que os do box quando cheguei para comprar os livros que faltavam. Da próxima vez não vou repetir o erro”, afirma o pai.
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