As vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil em julho tiveram leve alta sobre junho e na comparação com o mesmo mês de 2010, num sinal de perda de velocidade na comparação com crescimentos de dois dígitos do início do ano. O setor apurou alta de 0,54% em julho nas vendas sobre junho, para 288,47 mil unidades, informou uma fonte da indústria nesta segunda-feira. No acumulado de janeiro a julho, as vendas de automóveis e comerciais leves somam 1,926 milhão de unidades, crescimento de 8,14% sobre os primeiros sete meses de 2010.
Na comparação com julho do ano passado, houve expansão de 1,11%. Os números sinalizam certa acomodação em relação ao ritmo forte que o setor vinha impondo no primeiro semestre, quando o crescimento acumulado de vendas de automóveis e comerciais foi de 9,5% sobre o mesmo período de 2010, para o recorde de 1,638 milhão de unidades.
Segundo a fonte, a média diária de vendas de julho foi de 13,7 mil unidades, mesmo patamar de junho, mas longe do pico de 17,3 mil registrado em dezembro do ano passado, quando o governo começou a impor uma série de medidas para conter o crédito e o avanço da inflação.
O movimento já era esperado pelo setor, que trabalhava com um período de cerca de seis meses para que o efeito das medidas sobre o consumo tivesse efeito. Na semana passada, o presidente da General Motors para a América do Sul, Jaime Ardila, comentou que a ação do governo para conter um superaquecimento do setor já tinha surtido efeito.
A expectativa da entidade que representa os concessionários de veículos do País, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), é de crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves de 5,9% em 2011, para 3,52 milhões de unidades.
A previsão para o setor, incluindo ônibus e caminhões é de alta de 6,5%, para 3,74 milhões de unidades, ligeiramente acima da expectativa da associação de montadoras, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de expansão de 5%, para 3,69 milhões.