Vencedora de rifa devolve fusca para ajudar jovem contra o câncer

Não esperava esse gesto (de devolver o Fusca)“, disse ele.

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O jovem Leonardo Konarzewski, de 22 anos, teve que tomar a difícil decisão de rifar o fusca herdado do avô, morto em 2010, para conseguir custear o tratamento contra um câncer.

Mas, para sua surpresa, a vencedora do concurso lhe devolveu o fusca depois de saber o motivo da rifa. Quatro meses depois, Leonardo, morador de Porto Alegre, resolveu fazer um novo sorteio para manter o tratamento que ainda precisa fazer nos Estados Unidos e garantir sua cura definitiva.

Leonardo precisa tomar uma injeção que custa 5 mil reais a cada três semanas e precisa voltar para os Estados Unidos, no mínimo, a cada três meses para ser avaliado pela equipe médica.

“O medicamento que tomo aqui me dá uma reação muito forte e é muito desgastante ter que voltar aos Estados Unidos tantas vezes, além de caro. Por isso, além da rifa, também continuamos com a vaquinha na internet para coletar fundos. Corremos por todas as frentes porque, no fim das contas, as doações chegam num ritmo mais lento do que os gastos”, diz Leonardo.

“Eu não consegui dizer nada na hora para a Marines (a ganhadora que devolveu o prêmio), faltaram palavras. Não esperava esse gesto (de devolver o Fusca), mas agora posso falar que ela renovou as minhas esperanças. Foi muito emocionante.”

O rapaz colocou à disposição 10 mil bilhetes para o novo sorteio. Com a venda dos bilhetes, ele acredita que conseguirá vencer de vez a doença que o impede de realizar seus sonhos desde 2013. Após lutar muito, Leonardo venceu o linfoma de Hodgkin em novembro do ano passado, quando passou por um transplante nos Estados Unidos.

Hoje, ele precisa confirmar a remissão do câncer com visitas à equipe médica ou se mudar de vez para o país. A segunda alternativa é a mais cara, porém a melhor para o seu tratamento.

“Neste sorteio, estamos vendendo cada rifa a R$ 30. Se conseguir completar o valor, acho que vou poder ficar tranquilo, só viver sem preocupação nenhuma por muitos anos porque, pelo menos, vou garantir meu tratamento, mesmo que não seja o ideal. É o que mais quero”, explica Leonardo. “Não sou a mesma pessoa. Aprendi muita coisa em pouco tempo, foram muitas notícias fortes, muita informação difícil de digerir psicologicamente falando, mas recebi muito apoio, muitas mensagens. Elas me deram fôlego”, completa.



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