A publicitária Juliana Marins será velada nesta sexta-feira (04), às 10h, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ). Segundo o pai da jovem, Manoel Marins, o corpo será cremado após a cerimônia. Juliana morreu durante uma trilha na Indonésia, em circunstâncias que ainda geram questionamentos da família.
O corpo chegou ao Brasil na última terça-feira (2) e foi liberado nesta quarta após uma nova necropsia feita no Instituto Médico Legal do Rio. A análise foi acompanhada por representantes da Polícia Civil, Polícia Federal e um perito da família. O laudo preliminar da nova autópsia deve ser concluído em até sete dias.
Família cobra providências
A irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que, apesar da dor, a família sente alívio por poder se despedir.
“Tínhamos medo de que Juliana ficasse desaparecida. Sabemos o quanto é angustiante quando isso acontece. Pelo menos ela está de volta ao Brasil, e poder dar esse adeus digno é muito importante”, disse.
Mariana também reforçou que seguirá cobrando justiça e esclarecimentos.
“Não esqueçam a Juliana. Acredito que houve negligência no resgate. Vamos continuar buscando providências”, declarou.
Questionamentos sobre a causa da morte
A primeira necropsia, realizada na Indonésia, apontou que Juliana morreu cerca de 20 minutos após sofrer um trauma grave, afastando a hipótese de hipotermia. No entanto, o laudo estrangeiro não determinou o momento exato da lesão fatal.
A nova perícia foi solicitada pela família e autorizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), com apoio da Defensoria Pública da União e do governo estadual. O corpo foi transportado da Indonésia ao Brasil em voo da Força Aérea Brasileira, com acompanhamento da Polícia Federal.
Agora, familiares e autoridades esperam por respostas mais claras sobre o que realmente aconteceu na trilha onde Juliana perdeu a vida.