O veleiro carregado com 1,5 tonelada de cocaína que foi interceptado pela Marinha a 270 quilômetros da costa chegou ao Porto do Recife na manhã desta terça-feira (16). Segundo as Forças Armadas, cinco pessoas foram presas na operação, realizada em parceria com entidades internacionais de combate ao narcotráfico.
Imagens exclusivas da TV Globo mostraram que duas lanchas e um navio escoltavam o barco até a entrada do porto. Também foi possível ver a chegada do navio da Marinha. A embarcação atracou às 7h05.
Após desembarcar, os cinco homens presos foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Cais do Apolo, região central da capital, para prestar depoimento. O interrogatório ficou sob responsabilidade da delegada da Polícia Federal Adriana Vasconcelos, da Delegacia de Entorpecentes.
A PF informou que os depoimentos poderiam durar o dia todo e que, depois das ouvidas, os cinco devem ser encaminhados para audiência de custódia. A corporação também informou que a cocaína apreendida foi também para a superintendência e que, depois das investigações, deve ser incinerada.
A embarcação foi encaminhada para o Cabanga Iate Clube, que fica próximo ao Porto do Recife, depois da retirada das drogas.
A operação que resultou na interceptação do barco foi realizada pela Marinha e pela Polícia Federal, em parceria com o Centro de Análise e Operações Marítimas de Lisboa, em Portugal; com o Drug Enforcement Administration, dos Estados Unidos; e com o National Crime Agency, do Reino Unido.
Foi a troca de informações entre as agências que possibilitou a identificação do transporte de grande quantidade de cocaína no veleiro catamarã. A embarcação teria partido do Brasil com destino à Europa. Havia mais de 70 pacotes com droga, segundo a Marinha.
Um navio-patrulha oceânico foi utilizado para interceptar a embarcação, que foi encontrada ainda em águas jurisdicionais brasileiras, na noite do domingo (14). Policiais federais participaram da operação e deram voz de prisão aos cinco tripulantes do veleiro, todos brasileiros.
De acordo com a PF em Brasília, há um órgão central, um grupo especial, ligado à cooperação internacional para investigar tráfico internacional de drogas, que recebeu informações de que o veleiro estaria em áreas territoriais brasileiras, aguardando para transportar cocaína para a Europa.