1. Estabelecer como prioridade o cuidado da mente
O treinamento mental é a chave para conseguir os objetivos − não só para as crianças, mas também para os adultos. Assim como dizemos aos nossos filhos quando é hora de tomar banho, de se vestir e de escovar os dentes, a psicóloga recomenda reservar um tempo para treinar a fortaleza mental. Como? Praticar a gratidão em família ou concentrar-se no momento presente, sem estresse, é o primeiro passo, além de saber quando é necessário consultar um psicólogo.
Além disso, segundo Morin, ter em mente a todo momento esses cuidados é um grande passo para melhorar a autodisciplina, a gratificação tardia, a agilidade e a perseverança. O treinamento mental ajuda as crianças a interiorizar essas qualidades desde pequenas, e assim elas mesmas terão condições de experimentá-las melhor para seus próprios objetivos no futuro.
2. Falar sempre de sentimentos e verbalizar essa palavra
Este é o ponto mais importante, porque é o mais eficaz na hora de obter fortaleza mental, mas talvez seja também o mais complexo de todos. Além de “irritado”, “contente” ou “emocionado”, a especialista afirma que a maioria dos pais raramente menciona a palavra “sentimentos” e, por isso, as crianças não estão aprendendo a identificá-los nem a adquirir as habilidades necessárias para enfrentá-los.
“Falar sobre como suas emoções estão envolvidas em suas decisões e ensiná-las proativamente a lidar de forma saudável com elas é crucial para enfrentar seus conflitos diários”, ressalta.
3. Envolvê-la na solução de alguns problemas para construir uma maior força mental em família
Todos nós precisamos de força mental na vida, por isso temos de deixar que a criança experimente alguns dos problemas familiares nos quais possa estar envolvida, a fim de que colabore para resolvê-los. Essa uma das melhores estratégias para que todos − não só as crianças − se tornem mais fortes, e para transformar os possíveis erros em momentos de ensino e aprendizagem.
Existem numerosas pesquisas que mostram que 60% dos estudantes universitários dizem que foram preparados academicamente, mas não emocionalmente, para a universidade. Além disso, segundo uma pesquisa feita em 2015 pelo Center for Collegiate Mental Health (CCMH), cada vez mais estudantes procuram tratamento para a ansiedade ou depressão. São dados alarmantes que mostram a importância de construir a força mental tanto no núcleo familiar como no escolar.
4. Ensiná-la a pensar de maneira realista
Quando seu filho manifesta dúvida a respeito de si mesmo, comenta, por exemplo, “não consigo falar em público na aula”, expressa uma culpa excessiva, fala de forma catastrófica ou tem pensamentos muito negativos, uma estratégia é ensiná-lo a pensar de maneira diferente ou não tão dramática. Como?
Amy Morin afirma que devemos explicar a ele que seus pensamentos nem sempre são verdadeiros, e provar que seu cérebro está equivocado: “Mostre a seu filho que você também não escuta sempre seu cérebro, que também diz [ao seu cérebro], com tranquilidade, coisas como ‘hoje vou tentar falar em público, e vou conseguir’”. Dessa forma, você transmite a ideia de que nada é estático, de que tudo, havendo intenção, sempre pode variar e mudar.
5. Seja um modelo para a realização de ações positivas
A criança precisa saber que pode agir, às vezes, contra seus sentimentos, mas sem omiti-los, é claro. De fato, seu comportamento pode mudar seus próprios sentimentos − e se, por exemplo, ela teve um dia ruim na escola, sempre se pode escolher fazer algo que faça com que ela se sinta muito melhor e se distraia.
Dessa forma, assim como no item anterior, a chave é tentar ser um bom exemplo a seguir e mostrar a seu filho que às vezes nós podemos atuar contra nossos próprios sentimentos, por mais desagradáveis que sejam.