O reajuste da tarifa do transporte coletivo para o ano de 2019 ainda não foi definida. Falta a palavra final do prefeito de Teresina, que deverá oferecer o subsídio, de acordo com o valor calculado pela Prefeitura e apresentado no Conselho Municipal de Transporte, que aprovou o valor de R$ 4,02.
"Esse valor é encaminhado ao prefeito, que em cima desse valor, avalia essas questões e decide pela tarifa que ele vai dar. Ele poderá dar um valor menor e poderá não reajustar. Mas tudo isso impacta em um subsídio maior. Existe um subsídio formal e existe essa diferença que nós calculamos", explica o coordenador Técnico do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Vinícius Rufino.
Segundo ele, o ideal para que se tenha um equilíbrio na conta é que haja um subsídio sobre essa diferença dos cálculos, para manter o equilíbrio do sistema melhor ajustado. Ele lembra que não é de interesse das empresas dá um reajuste considerável e sim de que esse custo seja coberto, por parte da Prefeitura, para que não onere para o usuário de transporte coletivo e com isso, permitir que as empresas operem com a qualidade necessária, para atender bem, o sistema.
Em resumo, segundo Vinícius Rufino, o subsídio é uma complementação que o Poder concedente, faz, no caso a Prefeitura de Teresina, para suprir um deficit na questão da arrecadação da cobertura para os custos.
"E quem pode avaliar o subsídio de manter a tarifa ou dá um reajuste menor, indicado pelo cálculo. Pela nossa conta, a Prefeitura teria que subsidiar essa diferença de sessenta e nove centavos, que daria algo a mais do que dois milhões de reais, por mês, de subsídio sobre o valor arrecadado", avalia.
O coordenador Técnico do SETUT diz cita a cidade de São Paulo, como exemplo, onde o reajuste que entrará em vigência a partir do dia 7 de janeiro, onde a tarifa básica subiu de quatro reais, para quatro reais e trinta centavos, onde o subsídio da Prefeitura de São Paulo será de dois bilhões e novecentos milhões ao ano.
Outra forma de subsídio do sistema, segundo Vinícius Rufino, seria os Governos arcarem com as gratuidades, e que hoje, por exemplo, são cerca de quatorze por cento de gratuidades no sistema, que não são subsidiadas de maneira alguma. São passageiros que são transportados, sem nenhum tipo de repasse e sem nenhum tipo de compensação, por esses passageiros. Ele entende que se os Governantes arcassem com essas gratuidades, haveria a possibilidade de manutenção de uma tarifa ou de um reajuste bem menor.