Vagas de emprego em hoteis de Dubai

Há vagas. Bem longe

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Quem está na faixa dos 30 anos, é solteiro, ainda não engrenou na carreira, transita na área de turismo e hotelaria e nunca assistiu à novela Caminho das Índias talvez não saiba, mas existe um nicho no mercado de trabalho cheinho de vagas. Vantagens: dá casa, comida e bom salário. Desvantagem: fica a 12.000 quilômetros de distância em um local de usos e costumes que são em tudo o oposto dos brasileiros.

Em Dubai e Abu Dhabi, dois integrantes dos Emirados Árabes Unidos, hotéis e restaurantes buscam brasileiros e brasileiras para trabalhar em funções de recepcionista, garçom, sommelier, músico de samba e segurança. Em troca, oferecem salários de 1.000 a 2.000 dólares (que podem dobrar com as gorjetas), plano de saúde, moradia em apartamento mobiliado, com aluguel, água, luz, condução fretada e todas as refeições no local de trabalho.

Desde 2007, pelo menos 100 brasileiros foram contratados por hotéis de Dubai (o total de brasileiros nos Emirados chega a 718) e existem mais 400 vagas abertas a interessados. Por que buscar mão de obra tão longe? Os Emirados, ricos em petróleo e pobres em gente, e menos ainda da categoria disposta a dar duro, são coalhados de estrangeiros.

A recepcionista Bruna Miranda, 26, que saiu de São José do Rio Preto, em São Paulo, há um ano para trabalhar em um hotel em Dubai, tem visão mais pragmática da situação. "O governo está investindo tudo em turismo. Então, eles fecham os olhos para o que os visitantes fazem. Aqui, tudo não pode, mas tudo acaba podendo. E em excesso. Como, aliás, tudo em Dubai", diz Bruna.

No próximo mês, uma rede de hotéis mandará um representante ao Brasil para selecionar funcionários para um total de 400 vagas. Por enquanto, há 50 interessados.

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