Vacinação contra Poliomielite continua para atender meta no Piauí

Dos 224 municípios, apenas 88 atingiram o objetivo

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Mesmo com o fim da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ou Paralisia Infantil, que encerrou no final de agosto, a dose ainda pode ser solicitada nos postos de saúde de todo o país, agora como vacina de rotina. A meta não foi alcançada no Piauí e tampouco na capital. Dos 224 municípios, apenas 88 atingiram o objetivo.

Os dados do DataSus indicam que o Piauí conseguiu vacinar 88,82% das crianças e em Teresina, a cobertura vacinal registrou 85,76% do público-alvo, ou seja, bem abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é 95% das crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade.

Além do Piauí, dos 26 estados e Distrito Federal, onze não conseguiram bater a meta, como os estados de São Paulo, Pará e Bahia e a recomendação do Ministério da Saúde feita às regionais estaduais e municipais, que não atingiram a meta, é continuar com a vacinação de rotina oferecida durante todo o ano nos 36 mil postos de espalhados pelo país.

De acordo com Jurema Chaves, as crianças que não receberam a dose da vacina ainda podem ser imunizadas. “Os pais ou responsáveis que não levaram seus filhos para vacinar, ainda dá para imunizar. É só se dirigir às salas de vacina do estado, para atualizar o calendário vacinal da criança”, orienta.

Jurema Chaves esclarece ainda que apesar dos registros do DataSus, a meta de vacinação contra poliomielite foi alcançada, porém nem todas as doses foram registradas no sistema.

“As vacinas foram distribuídas em tempo hábil e todas as reuniões de mobilização foram realizadas. O que aconteceu para o sistema apontar abaixo da meta foi a falta de registros por parte dos profissionais que estão vacinando”, explica.

Para Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde, as crianças que não foram imunizadas durante a campanha não terão os dados registrados no sistema do Ministério da Saúde. Além disso, ressaltou que é de suma importância que os pais ou responsáveis vacinem seus filhos.

“O que chama atenção é a deficiência da cobertura tanto das campanhas quanto das vacinas de rotinas. Alertamos aos pais que não levaram seus filhos para vacinar, que o faça, pois é uma questão de cidadania. Até porque não estamos totalmente imunes de casos de paralisia infantil, já que tem ocorrido em 15 países da África e Ásia”, destaca.

O esquema vacinal contra a poliomielite envolve quatro doses, que devem ser aplicadas aos dois meses, quatro meses e seis meses de idade e mais reforços aos 15 meses e aos quatro anos. A criança deve ainda comparecer aos postos de saúde, durante campanha anual, até completar cinco anos de idade.

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