Pessoas na faixa etária de cinco a 19 anos e também de 30 a 59 anos devem comparecer, até dia 13 de março, às salas de vacina, e verificar se já estão imunizadas. No Dia D de Mobilização da Vacinação Contra o Sarampo, que aconteceu no último sábado (29), 4.442 pessoas foram vacinadas na capital.
“É importante verificar a caderneta de vacinação de adultos, crianças e adolescentes. A vacina tríplice viral (VTV) é muito importante, pois previne contra o sarampo, caxumba e rubéola”, fala Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Em janeiro de 2020, a circulação do vírus do sarampo permaneceu ativa no país e, diante disso, estados e municípios devem realizar a vacinação contra a doença. Essa ação serve para garantir a devida proteção da população e possibilitar a interrupção da circulação do vírus no país.
Dados preliminares apontam que, a partir do início da ação (10/2) até o dia 2 de março, foram vacinadas 28.783 pessoas nessa faixa etária. Este é o número informado, até o momento, pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Nesta terceira etapa, a meta é vacinar 3 milhões de pessoas em todo o país. Desde o início da campanha, em janeiro, até o dia 02 de março, 99,6 mil pessoas receberam a vacina. A principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação, disponível durante todo o ano nos 42 mil postos de saúde do país. Para viabilizar a campanha, além das demandas de rotina, o Ministério da Saúde enviou neste ano 3,9 milhões de doses da vacina, 9% a mais que o solicitado pelos estados.
Mesmo com o novo coronavírus (Covid-19) em evidência no Brasil e no mundo, o Ministério da Saúde também está atento e tem alertado a população quanto à importância da vacinação contra o sarampo. A doença é grave e de alta transmissibilidade. Para se ter uma ideia, uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas que não estejam imunes. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário o contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada.
As crianças são mais suscetíveis às complicações da doença. Nesta semana, o país registrou o terceiro óbito por sarampo, sendo todos de crianças. Por isso, desde agosto de 2019, o Ministério da Saúde passou a adotar, como medida preventiva, a chamada ‘dose zero’. Assim, todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Basta que os responsáveis procurem os postos de saúde durante todo o ano. Esta dose não é considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser agendada, a partir dos 12 meses (1ª dose), a vacina tríplice viral; e aos 15 meses (2ª dose), a vacina tetra viral ou tríplice viral mais varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses.
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (4), neste ano foram confirmados 338 casos de sarampo em oito estados: São Paulo (136 casos - 40,4%), Rio de Janeiro (93 - 27,3%), Paraná (64 - 19,0%), Santa Catarina (22 - 6,5%), Rio Grande do Sul (11 - 3,3%), Pernambuco (7 - 2,0%), Pará (4 - 1,2%) e Alagoas (1 - 0,3%). Atualmente, 10 estados (incluindo Minas Gerais e Bahia com casos confirmados de 2019) estão com circulação ativa do vírus do sarampo. No momento, o país registra três óbitos por sarampo no Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica (SE) de 1 a 6 de 2020 (até 8 de fevereiro).