Apenas uma dose de vacina é necessária para a proteção contra o vírus influenza A (H1N1), causador da nova gripe, e até agora as vacinas se mostraram seguras, disse na sexta-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS, a agência de saúde pública das Nações Unidas).
Especialistas em saúde vêm debatendo a necessidade de uma ou duas doses para proteger as pessoas contra a gripe. O número de doses necessárias é, evidentemente, importante. Com esse dado será possível estimar adequadamente o número total de vacinas que será preciso produzir.
"Não foi notado nada de especial em termos de eventos adversos" A OMS vem buscando dar garantias de que as vacinas contra o H1N1, que estão sendo produzidas por 25 empresas com formulações diversas, são seguras. "Todas as informações recebidas até agora após a vacinação - seja em testes clínicos ou em campanhas de vacinação em massa - vêm mostrando que o perfil de segurança dessas vacinas pandêmicas é muito semelhante ao da vacina contra a gripe sazonal", disse a especialista da OMS Marie-Paule Keany.
"Não foi notado nada de especial em termos de eventos adversos", disse Keany, diretora de pesquisas com vacinas da agência de saúde da ONU, falando a jornalistas em teleconferência. Mulheres grávidas, que são especialmente vulneráveis ao H1N1, devem receber as vacinas No início da semana, o Grupo de Assessoria Estratégica de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS examinou as vacinas contra a gripe H1N1, que tende a afetar sobretudo adolescentes e adultos jovens.
Um comunicado divulgado pela OMS afirma que especialistas do SAGE não constataram sinais de "eventos adversos" incomuns - o termo técnico que designa complicações graves como doenças ou morte - decorrentes das vacinas. Por essa razão, recomendaram que as mulheres grávidas, que são especialmente vulneráveis ao H1N1, devem receber as vacinas pandêmicas. Pelo menos 5.712 pessoas já morreram de casos confirmados de H1N1 no mundo, segundo a OMS.
O comitê do SAGE recomendou que uma única dose de vacina H1N1 seja dada a adultos e adolescentes a partir de 10 anos de idade. Mais estudos são necessários para verificar a eficácia das vacinas em crianças de até 10 anos, ressalvou o grupo. Nos países onde as autoridades de saúde priorizam crianças para vacinação, devem tentar vacinar o maior número possível de crianças com uma única dose, concluiu o grupo.
As orientações da OMS com relação à vacinação contra a gripe H1N1 são vistas como cruciais para as decisões de investimento da indústria farmacêutica, além das políticas governamentais relativas à compra e distribuição de vacinas.