Na manhã da sexta-feira (29), em meio ao fluxo de passageiros no terminal do Livramento, localizado na zona Sudeste de Teresina, uma equipe realizou a última pesquisa com usuários de transporte público para o Plano Diretor de Mobilidade Urbana Sustentável (PDMUS). A pesquisa já percorreu todos os terminais em atividade de Teresina.
O Terminal de Integração Livramento começou a funcionar em novembro de 2018 e possui um considerável fluxo de passageiros nos horários de pico, como no início da manhã e no final da tarde. O objetivo da coleta de informações no local foi para saber as origens e destinos dos usuários de transporte coletivo, motivo de viagem, número e locais de transferências.
"A pesquisa é para melhorar a locomoção da população. Se após a implantação dos terminais houve melhoras no tempo de deslocamento ou se teve alguma mudança negativa”, disse a supervisora Ana Beatriz Ribeiro, que instrui os seis pesquisadores.
As principais perguntas direcionadas à população foram relacionadas à rotina utilizando ônibus. De onde vieram, como chegaram e quanto tempo durou o percurso de casa para o terminal e partindo do terminal para o destino final. Uma das questões benéficas levantadas pelos usuários foi em relação a quantidade de passagens que passaram a pagar. Por meio da integração, o valor cobrado passou a ser apenas um.
Quanto às reclamações, a maioria foi sobre a quantidade inferior de ônibus nos terminais com destino para os bairros, as chamadas linhas alimentadoras. A frota estabelecida após a implantação dos terminais não é suficiente para atender a demanda da população, que registra o tempo de até 40 minutos na espera de um ônibus. Além disso, as linhas extintas também somam nos pontos desfavoráveis.
A pesquisa foi bem aceita pela população. Muitos relataram detalhadamente todos os problemas enfrentados e facilidades da integração no dia a dia. A estudante Leidiane Gonçalves explicou para a pesquisadora a redução no tempo de chegada para a instituição de ensino e a demora para voltar para casa. “Melhorou para ir para o centro, mas a volta é mais complicada”, relata.
Transporte acessível
Uma atenção especial também foi dada ao conhecimento das demandas dos usuários com deficiência ou mobilidade reduzida, como idosos, obesos e gestantes. O PDMUS está sendo elaborado para que a cidade tenha o planejamento dos sistemas de circulação e transporte de pessoas e cargas.
No PDMUS irão constar os objetivos, metas e ações a curto, médio e longo prazo para até 20 anos e serão incluídos alguns aspectos relativos às cidades que compõem a grande Teresina. O Plano deve ser transformado em Lei aprovada pela Câmara de Vereadores e tem como objetivo priorizar o melhor aproveitamento das vias, redução de emissão de poluentes, de consumo de combustível e a otimização do sistema de transportes e trânsito. (A.S.)