Uso de palavras indevidas ainda reflete barreiras de preconceito contra homossexuais

Uso de palavras indevidas ainda reflete barreiras de preconceito contra homossexuais

O evento serve como um alerta para que erros não voltem a ser cometidos | Reprodução
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Os avanços na batalha contra o preconceito são irrepreensíveis, contudo alguns pontos continuam obscuros e teimam em ferir a dignidade dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. 

Nesse apontamento, inclui-se o uso inadequado de termos, muitos deles arquitetados por antigas expressões populares. Na atualidade, contudo, a busca pelo respeito às diferenças necessita que tais mudanças ocorram, já que todos são diferentes e cada um anseia pela inserção na sociedade, sem discriminação ou qualquer empecilho.

Buscando levar essa consciência aos piauienses, principalmente abrangendo uma orientação aos meios de comunicação, a Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secção Piauí, realizou nesta semana uma conversa com diversos veículos do Estado, abarcando o diálogo aberto e coerente, procurando sanar dúvidas quanto ao manuseio de questões e difundindo o respeito e a ética. 

No encontro também estiveram presentes a representante do GPTrans (Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis) Maria Laura e o coordenador do Centro de Referência LGBT no Piauí, Vitor Kozlowski.

O evento serve como um alerta para que erros não voltem a ser cometidos. “Às vezes escutamos o termo homossexualismo, há muito tempo ele não é mais usado, não é o certo, pois a homossexualidade não é uma doença, hoje, inclusive, a denominação mais moderna é homoafetividade”, destaca a advogada e presidente da Comissão, Ana Vitória Feijó. 

Tal como esta orientação, outras permeiam a classe LGBT e orientam para uma forma correta e usual de referência. “Nós fazemos essa reivindicação para que o respeito pelo cidadão seja defendido”, conta Maria Laura. 

Travesti, a representante do GPTrans luta pela difusão de práticas coercitivas e que modifiquem o modo como o mundo as vê. 

“Muitos pensam que as travestis são garotas de programa e generalizam, várias estudam e querem ter oportunidade nas empresas”, afirma. O uso do nome social também passeia por várias expectativas.

“Queremos esse direito garantido e que as pessoas e os meios respeitem”, finaliza.

Desse modo, a visão abrange uma relação amistosa e cordial, onde não haja qualquer preocupação com terminologias utilizadas equivocadamente. 

“Queremos transformar realidades, quebrar paradigmas, pois ainda temos uma verdadeira falta de informação”, complementa Kozlowski.


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