O bloqueio de R$ 2,6 bilhões no Orçamento da União, anunciado no fim de setembro pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), veio como uma bomba para a educação e bota em risco as atividades de colégios e universidades federais neste ano que está encerrando.
Na sexta-feira, 30, dois dias antes das eleições, o Ministério da Economia definiu o corte. Ele pode chegar a R$ 1 bilhão. Do montante, mais de R$ 700 milhões são referentes aos repasses para instituições como as universidades.
Cortes
No novo contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação, colégios federais perdem R$ 147 milhões, enquanto universidades, R$ 328 milhões. Somados a outros cortes que aconteceram ao longo do ano, o valor do corte na área de educação é próximo de R$ 1 bilhão.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) se posicionou nesta quarta-feira, 5, após a oficialização do novo bloqueio de recursos no Ministério da Educação, que compromete o crítico orçamento da maioria das instituições de universidades, institutos federais e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
"Lamentamos, por fim, a edição deste Decreto que estabelece limitação de empenhos quase ao final do exercício financeiro, mais uma vez inviabilizando qualquer forma de planejamento institucional, quando se apregoa que a economia nacional estaria em plena recuperação. E lamentamos também que seja a área da educação, mais uma vez, a mais afetada pelos cortes ocorridos", diz trecho da nota pública divulgada pela Andifes.