Universidade Federal do Piauí possui maior relógio solar do Brasil

Medindo 10 metros de raio e 20 de diâmetro

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Medindo 10 metros de raio e 20 de diâmetro, Teresina agora possui o maior relógio solar do Brasil, superando o da cidade de Catanduva em São Paulo, que mede apenas 7 metros de altura e 18 de diâmetro. O instrumento está localizado no estacionamento do Centro de Tecnologias da Universidade Federal do Piauí e foi desenvolvido por estudantes e professores dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo.

O projeto surgiu da necessidade de colocar em prática os ensinamentos sobre o domínio do movimento solar na projeção de casas e edificações, assim como no conforto térmico desses ambientes. O coordenador do projeto e do curso de Engenharia Civil, o professor doutor Jean Prost Moscardi, explica que os alunos terão mais clareza ao estudar sobre o assunto, pois geralmente esse estudo é feito somente em sala de aula, o que dificulta o aprendizado.

“Os estudantes precisam ter noção desse conhecimento para que possam realizar os projetos da melhor maneira possível e até auxiliar o seu cliente sobre os prós e contras de um projeto em relação ao seu posicionamento à luz solar. Nós sabemos que há problemas com imóveis que são voltados para o sol, já que eles ficam muito quentes e sofrem desvalorização imobiliário, além de ter um custo maior com ar- condicionado”, explica.

A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo e vice-coordenadora do projeto, Regina Mattaraia Delmonaco, revela que 95% das edificações são construídas em posições que desfavorecem a insolação benéfica do ambiente. Por isso, o relógio é importante para evitar que esses futuros profissionais cometam esses erros que geram problemas para o resto da vida do cliente.

“Os dormitórios precisam de sol da manhã para higienizar o ambiente, pois passamos a noite contaminando aquele quarto. O sol da tarde, quando bate na parede, aquece esse ambiente e dissipa somente a noite, fazendo do quarto uma estufa, caso não acha ventilação”, esclarece. Para a construção do relógio solar foi necessário muito esforço físico e mental dos envolvidos. Primeiramente, foram feitos cálculos em computador baseados em números NASA e softwares para serem adequados a Teresina. O passo seguinte foi a construção do relógio sob o sol escaldante da capital piauiense.

“O projeto foi feito de uma forma menos agressiva possível e com pouco custo, então pegamos uma árvore, colocamos uma haste que foi extremamente calculada em dois mil milímetros. Como não estamos localizados no centro do fuso horário, em Brasília, tivemos que fazer adequações de fuso. Além de outras alterações devido a deformidade do terreno, para cada linha e forma há um cálculo”, relata o professor Jean.

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