Turista é atacado por tubarão em Fernando de Noronha

Ele tentou escapar nadando.

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O turista paranaense Márcio de Castro Palma, de 33 anos, contou ter visto a boca do tubarão se abrindo quando foi atacado na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha, na segunda-feira (21).

Márcio explicou ainda que estava boiando a cerca de 150 metros da areia quando foi surpreendido pelo tubarão. "Eu olhei para a direita, vendo os peixes. Quando olhei para a esquerda, dei de cara com o tubarão. Estava do meu lado. Tentei me afastar nadando", recordou o turista, que lembra de ter visto "a parte de baixo da boca, branca" do animal.

Ele foi mordido e puxado para o fundo do mar. Apesar de tudo ter durado apenas alguns segundos, ele conseguiu ver o tamanho do tubarão, que estimou em aproximadamente 1,5 metros. O turista contou ainda que estava com colete e nadadeiras. "Eu tinha nadado para o lado que a água estava mais limpa, que tinha menos pedra", apontou.

A vítima recebeu os primeiros socorros no próprio arquipélago e viajou para o Recife na manhã da terça (22) para atendimento no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife.

Durante o ataque do animal, a vítima teve a mão direita e parte do antebraço amputados. Após cirurgia no HR, o paciente teve quadro classificado como estável e foi transferido para um hospital particular na Ilha do Leite, no Recife.

Praia interditada

A Baía do Sueste, em Fernando de Noronha, local em que houve um ataque de tubarão na última segunda (21), permanecerá fechada por pelo menos 48 horas, segundo a fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Representantes do órgão devem avaliar o caso, juntamente com profissionais do Ibama, do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit)  e com pesquisadores que conhecem a ilha para entender como o ataque aconteceu e, assim, liberar o acesso da área à população.

Segundo informações coletadas pelos representantes do Cemit, havia, no momento do ataque, condições propícias para a interação entre o turista paranaense e o tubarão. “Suspeitamos que a espécie que atacou o turista é migratória, não é típica da ilha, porque a probabilidade de ataque das espécies naturais de lá é baixa. Outras condições como a maré alta e a água turva também podem ter aumentado a probabilidade de o turista ter se deparado com o tubarão”, explica o Coronel Ramalho.

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