Trotes ocupam 90% das chamadas do atendimento do Corpo de Bombeiros

De acordo com o órgão, das 100 chamadas recebidas diariamente, aproximadamente 15 são verdadeiras, quase 90%

Corpo de Bombeiros de Teresina | Reprodução
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Um dos grandes problemas no atendimento de urgência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí é o trote. De acordo com o órgão, das 100 chamadas recebidas diariamente, aproximadamente 15 são verdadeiras, quase 90%. Ocasionando atraso nos atendimento e muitas vezes perdas fatais àqueles que realmente precisam do serviço.

A capitã Najra Nunes alerta que além do prejuízo humano, que pode ter consequências graves, existe os prejuízos econômicos. Dentre eles, o gasto de combustível, desgastes de viaturas, além do cansaço dos agentes, que em vez de descansar entre uma ocorrência e outra, perdem tempo se deslocando desnecessariamente.

Ela ressalta que existem dicas para os plantonistas reconhecerem os trotes, como voz de criança, risos, informações desconexas, um único chamado para atendimento e etc. Informa que a ocorrência mais listada entre os trotes é a de incêndios. Mesmo com essas informações, ela frisa que a prioridade é verificar e prestar o devido socorro.

No mês de fevereiro, a Câmara Municipal de Teresina aprovou uma lei que que pretende acabar com a prática de trotes telefônicos dirigidos aos serviços prestados pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu em Teresina.

O projeto prevê punição aos responsáveis com multa no valor de R$ 500,00 por ligação, com pagamento em dobro em caso de reincidência. O reajuste desse valor será feito anualmente, tendo como base o IPC- Índice de Preço ao Consumidor. A multa expedida será destinada ao assinante da linha telefônica.

Mesmo com essa lei, estes índices ainda não reduziram e isso preocupa as autoridades. "Até agora não houve redução dessa prática danosa. É preciso campanhas de conscientização e fiscalização", relata o vereador José Ferreira (PSD) que propôs esse projeto de lei.

Agora ele tenta agendar a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal de Teresina, para discutir com os órgãos envolvidos e a Prefeitura de Teresina alternativas para o cumprimento da lei. Esta audiência está prevista para o mês de julho.

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