O advogado Reinaldo Piscopo, 39, que estava no voo JJ 8095 da TAM, diz que além da turbulência, os passageiros tiveram que lidar com a falta de preparo da tripulação, que ficou desesperada e transmitiu pânico.
"Um tumulto generalizado, eles estavam brigando entre eles. O que me deixou decepcionado foi ver que não havia um gerenciamento dessa situação de crise de risco. Uma comissária chorando e o comissário dizendo que nunca passou por isso na vida", relata.
Segundo ele, as pessoas andavam pelo avião antes do ocorrido. "O grande problema é que isso veio de maneira quase que imediata ao aviso de atar o cinto", comenta.
Piscopo afirma que o procedimento médico realizado quando o avião pousou foi "amador". "Quando a gente chegou só tinha uma enfermeira e um médico."
Ele conta ter acionado seu advogado e diz que vai acompanhar a investigação. Se houver comprovação de que o piloto poderia ter impedido que os passageiros passassem pela área de turbulência ou que pudesse ter avisado anteriormente para que os passageiros colocassem o cinto, ele entrará com ação judicial contra a TAM.
"Vou pedir indenização e fazer questão de não voar mais em uma companhia dessa", declara.
Voo
O voo JJ 8095 partiu de Miami às 12h11 (horário de Brasília) com 154 passageiros. Ao se aproximar do aeroporto em Guarulhos, enfrentou uma turbulência e pousou às 19h35.
Inicialmente, das 21 pessoas atendidas no posto médico do aeroporto, 13 foram liberadas e oito foram encaminhadas a hospitais.
As causas da ocorrência estão sendo apuradas pela Aeronáutica. A TAM informou, em nota, que está dando assistência aos pacientes feridos durante a turbulência.