Trio leva equipamento de até R$ 200 mil após invadir embarcação

Quatro tripulantes foram mantidos reféns por três criminosos

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Três criminosos armados invadiram uma embarcação e roubaram equipamentos avaliados em até R$ 200 mil, utilizados para realizar levantamentos hidrográficos no acesso ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Um marinheiro e três técnicos foram mantidos reféns.

O crime ocorre poucas semanas depois de pescadores serem obrigados a abandonar uma lancha durante um roubo, e de um veleiro ter sido saqueado na mesma região. Nessas duas ocorrências, três rapazes armados em um barco de alumínio também são apontados como os autores.

Desta vez, o assalto ocorreu durante a tarde do último dia 22, enquanto era realizada a batimetria (medição de profundidade) de uma área entre a Praia do Góis e o Morro dos Limões, em Guarujá. Além de acesso ao cais, o local está em frente à baía de Santos.

Três das vítimas são funcionários de uma empresa sediada no Rio de Janeiro, que presta serviços a um terminal portuário do complexo santista. A quarta é o marinheiro responsável pela embarcação pesqueira, que foi adaptada para receber os aparelhos de medição.

Segundo o relato do grupo, o trio armado estava em um barco menor, de alumínio. Dois deles, com revólveres, foram a bordo da embarcação das vítimas e pediram os equipamentos que estavam ali. Bens pessoais, como celulares, câmeras e dinheiro, também foram levados.

"Foi muito visível que eles [os criminosos] tinham uma encomenda precisa. Eles chegaram pedindo os equipamentos de batimetria. Falaram os nomes, e isso evidenciou que foram orientados por alguém", disse um dos sócios da empresa, que pediu para não ser identificado.

O empresário explica que os funcionários tinham iniciado o serviço pela manhã e, no meio da tarde, já estavam finalizando os trabalhos, quando foram surpreendidos. "Esses equipamentos não são segurados, infelizmente. O prejuízo está entre R$ 150 mil e R$ 200 mil", afirma.

"Dizem as autoridades que os criminosos vão pedir resgate pelo material. Aí você fica entre a cruz e a espada. Se aceitar negociar, você dá brecha para outras ações", desabafou. A equipe está sem trabalhar, pois a firma ainda não comprou nova aparelhagem.

Após o roubo, a suspeita é que os criminosos tenham escondido os bens na comunidade de Santa Cruz dos Navegantes, localizada às margens do Canal do Estuário. Uma operação da Polícia Civil foi realizada na região nesta semana, mas os materiais e os criminosos não foram encontrados.

O empresário informou que os funcionários registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil. "Também notificamos a Polícia Federal, que informou que a investigação ficaria na Civil. E notificamos a Marinha do Brasil, já que os equipamentos são vistoriados por ela".

A Polícia Civil em Guarujá informou que as investigações para tentar localizar os responsáveis e os bens continuam. "Enquanto isso, vamos contratar uma empresa particular para fazer a segurança. Um barco com seguranças vai fazer a escolta das nossas equipes em Santos", disse o empresário.

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