Travestis alegam sofrer desrespeito e preconceito em órgãos públicos de Teresina

Teresina é primeira capital do Nordeste a instalar um Conselho voltado para elaborar políticas para LGBTs.

Travestis alegam sofrer desrespeito em hospitais e delegacias de Teresina. | Divulgação
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Militantes LGBT estão cobrando um atendimento mais humanizado nos hospitais e delegacias da capital. Elas afirmam sofrer desrespeito ao ser tratadas pelo nome de batismo, e não pelo nome social, direito garantido pela Carteira de Identidade Social.

?Sofremos com o preconceito diariamente e é difícil para muitas de nós até sair na rua. Nossa Carteira Social nos assegura ser chamadas pelo nome feminino e é assim que exigimos ser tratadas?, afirma Maria Laura, presidente da Associação de Travestis de Teresina.

Teresina é primeira capital do Nordeste a instalar um Conselho voltado para elaborar políticas para LGBTs. No último mês de janeiro, o prefeito Elmano Férrer assinou decreto reconhecendo o nome social de travestis e transexuais. A partir de então, órgãos públicos tem o dever de incluir nas fichas de atendimento e nas cadernetas escolares o nome pelo qual a travesti ou a transexual gosta de ser chamada.

Para a vereadora Rosário Bezerra (PT), presidente da Frente Para Livre Expressão Sexual, na Câmara Municipal, os Travestis possuem os mesmos direitos civis que qualquer outro cidadão. ?Muitas dificuldades enfrentadas pelos usuários do sistema de saúde poderiam ser evitadas quando se compreende e respeita as necessidades do próximo?, ressalta.

Na última sexta-feira (25), durante a sessão especial de combate à homofobia, realizada na Câmara Municipal de Teresina, as militantes LGBT, juntamente com o Grupo Matizes, pediram apoio da vereadora Rosário Bezerra para fazer valer a determinação da Prefeitura e assim, permitir que elas tenham um atendimento mais humanizado nos hospitais e delegacias da capital.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES