Leonardo, que mora em Teresina, tem 19 anos e convive desde o nascimento com uma paralisia cerebral, que lhe tirou os movimentos e a fala. A cadeira de rodas e o transporte eficiente para pessoas como ele são a garantia da mobilidade.
O sistema que passa por uma série de dificuldades: o transporte nunca chega no horário marcado. Dona Cláudia, mãe de Leonardo, o leva três vezes para sessões de fisioterapia chega a gastar R$ 100,00 por mês para ter como retorno pouca qualidade nos serviços oferecidos.
?A porta não abre para o cadeirante. Às vezes o motorista ou o cobrador ajudam. O alternativo também demora muito e é arriscado perder a fisioterapia dele?, disse ela.
Isso acontece porque apenas duas empresas têm a missão de prestar os serviços para Teresina. Ao final, apenas cinco ônibus atendem à demanda formada por centenas de pessoas.
Quem tem bastante o que reclamar é quem foge do transporte eficiente para optar pelo transporte coletivo da capital. Pelo menos três pessoas precisam constantemente do transporte eficiente no bairro Santo Antonio, zona Sul de Teresina. O bairro é cheio de ladeiras, cuja mobilidade é quase zero.
?O transporte eficiente é o único transporte que hoje atende as necessidades do cadeirante de Teresina, tendo em vista que nós não temos uma frota de ônibus. O que acontece é que muitas pessoas deixam de usar o transporte para o usar o transporte coletivo convencional. As empresas de ônibus não assumem o compromisso de qualificação do funcionário. Eles dizem que a rampa está quebrada, mas normalmente são eles que não sabem usar, afirmou a vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Teresina, Amparo Sousa.