Este semestre, o Programa Lagoas do Norte deve lançar o edital da licitação para obras de reestruturação dos diques dos rios Poti e Parnaíba, na zona Norte de Teresina. A necessidade da obra foi apontada por relatórios técnicos que revelaram que, em momentos de chuvas mais intensas, a estrutura do dique poderia não aguentar a demanda exigida e acabar rompendo, causando problemas para várias famílias moradoras da área.
Segundo Márcio Sampaio, diretor-geral do Programa Lagoas do Norte, provavelmente, algumas famílias terão de ser removidas do local, mas o projeto trará, junto das obras no dique, o reassentamento das famílias retiradas do local. Ele aponta ainda que não existem datas definidas para essas mudanças ou quantas famílias terão de ser removidas “Tudo isso ainda está sendo analisado e somente será definido após a licitação ser concluída. Segundo nosso cronograma, as obras devem ser iniciadas somente em 2020. Nenhuma das famílias será removida sem necessidade e aquelas que forem removidas não precisarão se preocupar”, fala Márcio Sampaio.
Rubéns Santos mora há 25 anos na área e diz que sair do local não é a escolha que ele fará caso tenha mais de uma opção. “Estamos aqui há 25 anos e eu não gostaria de sair do local, mas se for o jeito vamos deixar. Porque se técnicos apontaram isso após estudos, deve ser a melhor opção”, fala Rubens Santos.
Ivanilda Alves de Oliveira mora próximo ao dique há 15 anos e comenta que caso ela tenha que sair da casa, ela não terá problema com isso. “Se for para nossa segurança e aqui for tido como uma área de risco ou que seja necessário nós sairmos daqui, não teremos problema. Eles devem dar algum local para irmos e com isso é melhor. Eles fazem os trabalhos deles, e nós não ficamos sem moradia”, conta a moradora.
“Não é certeza que haverá um rompimento, mas como estudos mostraram que existe essa possibilidade, é melhor se preparar e prevenir problemas do que esperar eles acontecerem para só então buscar uma solução. Queremos melhorar a qualidade de vida de todos, essa ação reduz a possibilidade de problemas na área”, completa Marcio Sampaio.