A americana Makana Milho, transgênero, 21 anos, filmou o momento em que seu chefe a assedia sexualmente no horário do trabalho.
Makana conta que trabalha como faxineira em uma empresa e Honolulu, no Havia (EUA) quando no horário do expediente foi abordada pelo chefe Harold Villanueva Jr, 47 anos. Ela disse que estava limpando o banheiro quando ele chegou e deu um "beliscão" em seu bumbum e depois a chamou para ir até o carro.
A americana percebeu que ia ser assediada e resolver filmar tudo escondido com o celular. O homem disse que queria fazer sexo e que, em troca, "ajudaria a funcionária na empresa".
Em entrevista ao jornal The Daily Beast, ela conta que o chefe já havida 'dado em cima dela outras vezes'e que estava na cara que ele a 'obrigaria a fazer algo'. Ressalta ainda: "Tive medo. Cheguei a pensar que ele fosse tentar me violentar, mesmo ali, no estacionamento".
Após publicar na internet, a transmissão que dura em torno de 30 minutos, teve mais de 200 mil visualizações e cerca de 10 mil compartilhamentos.
No início do assédio, o chefe pede para que Makana faça sexo oral nele e avisa que "se você fizer sexo comigo, poderá sair mais cedo do trabalho hoje".
Para fugir do assédio, a funcionária avisa, durante a filmagem, que preferia fazer sexo com camisinha e que iria buscar ali perto um preservativo. "Fiz isso para escapar", confessa a trans.
Após ela dizer que não queria fazer sexo com ele e ouvir de volta muitas ameaças, a jovem consegue escapar e posta as imagens no facebook, marcando a polícia da cidade que acabou prendendo o chefe. Ele ficou detido e foi solto após pagar fiança.
Em nota, a empresa se posicionou dando uma suspensão a Harold e disse que vai aguardar o resultado da investigação e afirmou ainda que ele poderá até mesmo ser demitido.
Mokana trabalha como temporária na empresa por determinação da Justiça. Ela cumpre pena por ter furtado uma bolsa em uma loja de luxo em 2014.
Nas redes sociais, a americana chegou a ser acusada de que teria "estimulado o chefe" a fazer tudo aquilo. Ela responde as acusações: "Absurdo. Estava trabalhando. Já tinha sofrido assédio, mas precisava ficar na empresa até o últmo dia por determinação da Justiça" e ressalta ainda que não fez nada. "Ele quem começou a me assediar e tentou passar a mão em mim algumas vezes" e que fez isso porque muitas mulheres, trans e até mesmo homem passam por isso.