Tragédia no Rio de Janeiro: Corpo da 12ª vítima de massacre em Realengo é cremado em cerimônia restrita no Caju

Um homem matou pelo menos 13 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira

A 12ª vítima do atirador, Ana Carolina Pacheco da Silva, foi cremada | Terra
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A 12ª vítima do atirador Wellington Menezes, Ana Carolina Pacheco da Silva, foi cremada neste sábado em uma cerimônia reservada apenas a familiares e amigos no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. A maior parte deles utilizada uma camiseta branca com a foto da menina. Nesta sexta, a avó de Ana Carolina, Maria Madalena, fugiu da casa da filha em Realengo, zona oeste do Rio, para tentar "resgatar" a neta. A dona de casa, que oscilava entre a consciência de que a neta estava morta e afirmações de que ela estava viva, disse que via a imagem da menina em uma das janelas da escola, acenando para ela.

"Não vou deixar o homem malvado matar você. Por que esse homem malvado matou ela e fez isso com a minha netinha?", questionava a avó, que viu Ana Carolina pela última vez na semana passada. "Ela me lembrou para ter cuidado ao atravessar a rua. Era uma aluna muito boa, uma neta muito dedicada. É uma dor muito grande. Criei meus netos, cuidei do umbigo deles", afirmava.

Atentado

Um homem matou pelo menos 13 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 17 ficaram feridas.

Wellington atirou em duas pessoas ainda fora da escola e entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

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