Tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro completa uma semana e já soma 680 mortos; veja fotos!

Em Teresópolis, a prefeitura procura 151 desaparecidos. Em Petrópolis, há 26 desaparecidos

Chuvas no RIo de Janeiro | G1
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A tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro completa uma semana nesta terça-feira (18) e já soma 680 mortos, segundo os números oficiais das prefeituras das cidades devastadas pelas chuvas. Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 318 mortos em Nova Friburgo, 277 em Teresópolis, 58 em Petrópolis, 20 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.

A prefeitura de São José do Vale do Rio Preto explica que, apesar dos 6 corpos encontrados na cidade, não há confirmação que eles sejam moradores do município. Segundo a prefeitura, eles podem ser de moradores de outras cidades e chegaram até lá pela correnteza do Rio Preto.

Em Teresópolis, a prefeitura procura 151 desaparecidos. Em Petrópolis, há 26 desaparecidos, segundo a prefeitura. Em Sumidouro, há outros cinco. Já em Nova Friburgo, a prefeitura informou que não há levantamento sobre desaparecidos. O número de desabrigados e desalojados na região passa de 15 mil.

Já a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informa que são 665 mortos no estado, sendo 312 em Nova Friburgo, 276 em Teresópolis, 58 em Petrópolis (incluindo corpos encontrados em São José do Vale do Rio Preto) e 19 em Sumidouro.

Segundo a Polícia Civil, 676 corpos já foram resgatados e identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 277 em Teresópolis, 319 em Nova Friburgo, 56 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Com o corpo encontrado em Bom Jardim, passariam a ser 6 cidades com registros de mortos na Região Serrana, segundo a polícia. O G1 não conseguiu entrar em contato com a prefeitura de Bom Jardim.

As buscas por outras vítimas que ainda estejam soterradas e o trabalho de resgate da população que ainda se encontra em áreas isoladas na Região Serrana do Rio entraram em seu 6º dia.

A previsão do tempo para o longo do dia é de pancadas de chuva e trovoadas, em toda a Região Serrana.

Nesta segunda-feira (17), quatro rodovias que estavam interditadas foram liberadas. Já a prestação de serviços básicos, como o fornecimento de luz e água, continua sendo gradativamente restabelecida nas cidades atingidas.

Reforço de 700 militares

A Região Serrana recebeu o reforço de 700 militares de SP, MG e RS. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), são militares especializados na construção de pontes móveis.

Nesta segunda-feira, soldados do Batalhão Escola de Engenharia, de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, instalarão uma ponte em Teresópolis. Além de Teresópolis, partes dos municípios de Bom Jardim e São José do Vale do Rio Preto também estão isoladas depois que diversas pontes foram destruídas pelo temporal.

Os prefeitos das cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo se encontraram nesta segunda-feira e lançaram um um consórcio pela reconstrução das cidades.

Tendas como as usadas após tsunami abrigarão vítimas das chuvas. Elas serão doadas por uma ONG, que trabalha em parceria com o Rotary Internacional. Cada barraca tem capacidade para dez pessoas e possui equipamentos de sobrevivência, cozinha separada, fogareiro, panelas, talheres, pratos, cobertor, purificador e armazenador de água.

Ajuda para desabrigados

O MEC anunciou bolsa de R$ 350 para estudantes da Região Serrana. Segundo o ministério, para receber a bolsa o estudante precisa ter sido selecionado para cursos universitários do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), ou para obtenção de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni).

O governador Sérgio Cabral disse nesta segunda-feira que sugeriu ao governo federal que 100% das moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida", na Região Serrana , sejam destinadas às famílias que moram em áreas de risco.

Maior tragédia da história

Esta já é a maior desastre natural da história Brasil. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

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