Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos do Piauí devem paralisar suas atividades no próximos dias. Ontem (2), a categoria deu início à campanha salarial 2015/2016 e realizou manifestação em frente ao Centro de Distribuição dos Correios, localizado na Avenida Valter Alencar, na zona Sul de Teresina.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (Sintect-PI) conta que a entidade reinvindica imediato reajuste salarial de 12%, incorporação de gratificação, negociação de perdas salariais, vale-cesta de R$ 400 e aumento linear de R$ 300. Além de melhoria financeira, os funcionários cobram contratação de concursados, retorno do plano Correios Saúde e investimento em segurança.
Embora a entidade não tenha dados oficiais da quantidade de agências do Piauí que foram alvos de ação criminosa em 2015, o presidente o Sintect-PI, José Rodrigues dos Santos, considera que a questão da violência nos postos do Correios “já banalizou”.
“Visitei 80 agências do Piauí e me chamou atenção que na parede de uma delas havia sete buracos. Todos feitos por bandidos durante assalto ou arrombamentos. É um absurdo”, afirma o presidente do Sintect-PI, José Rodrigues dos Santos. Diante dos casos, o sindicato conta que muitos funcionários da empresa estão adoecendo por conta do trauma pós-assalto.
“Estamos aderindo ao movimento nacional e é quase certo que vamos deflagrar greve por tempo indeterminado no próximo dia 15”, avisa José Rodrigues dos Santos. Com a paralisação, o setor de triagem [que faz o recebimento das cartas], a distribuição de correspondências e atendimentos nos balcões deixarão de ser feitos.
Na segunda-feira (1), a pauta de reivindicações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares foi entregue à Empresa de Correios e Telégrafos, na sede dos Correios, em Brasília. A categoria aguarda acordo para evitar que o movimento paredista seja deflagrado.