O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí reuniu na tarde desta terça-feira (2) a categoria e decidiu que a greve que iniciou na quarta-feira (22) vai continuar. O presidente do Sindicato, José Rodrigues, informou que as atividades continuam paralisadas devido as exigências pedidas pela categoria não serem atendidas.
Com a manutenção da greve, serviços como entrega de documentos e e encomendas estão suspensos.
A greve é contra a privatização, demissões e retiradas de direitos, além do fechamento de mais de 200 agências no país, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). De acordo com a federação, dos 36 sindicatos filiados à entidade, 33 aderiram. Somente três estados não participam: Sergipe, Amapá e Roraima.
Segundo a Fentect aderiram a paralisação carteiros, atendentes, administrativos, técnicos e trabalhadores de nível superior.
Em nota, os Correios se manifestaram sobre a greve, sobre suspensão das férias, dias parados, plano de saúde e proposta.
Cofira nota abaixo:
Os Correios aguardam, nesta terça-feira (2), o resultado das assembleias dos trabalhadores, que decidirão se continuam ou encerram a paralisação parcial iniciada na última quarta-feira (26/4).
Ontem (1º), o presidente da empresa, Guilherme Campos, reuniu-se com as representações sindicais para tentar chegar a um consenso.
Proposta - O acordo prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados, e das novas implantações de medidas operacionais como a Distribuição Domiciliária Alternada (DDA), CDD centralizador, entrega matutina e Organização das Atividades Internas (OAI). Tais medidas serão negociadas em comissão a ser formada com essa finalidade.
Quanto ao plano de saúde, os sindicatos poderão apresentar uma contraproposta. Caso haja acordo com a empresa, os Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Com relação aos dias parados, a empresa irá realizar o desconto referente à sexta-feira (28). Os outros dois dias serão compensados pelos trabalhadores.
Situação financeira – Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.
Os Correios esperam que os trabalhadores tenham bom senso na avaliação da nova proposta e encerrem a paralisação parcial, de forma a não prejudicar, ainda mais, a sustentabilidade da empresa, os próprios trabalhadores e suas famílias e a sociedade brasileira.