Amanhã, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Luta contra AIDS. A Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina, irá realizar uma grande mobilização no Shopping da Cidade, Centro da capital, com panfletagem, distribuição de insumos de prevenção, realização de teste rápido para HIV, Sífilis e Hepatites B e C. A ação acontece de 8h às 12h.
“A data serve para termos maior reflexão e mobilização para ação. Temos que prevenir a indiferença e a discriminação. Devemos falar não só de prevenção do HIV, mas também do apoio que os portadores do vírus precisam para terem qualidade de vida”, diz Andrea Fernanda Lopes, coordenadora do Programa de DST/AIDS da capital.
O Ministério da Saúde alerta para o crescente aumento do número de casos de AIDS na faixa etária de 15 a 29 anos, uma população jovem, principalmente para homens que fazem sexo com homem. Vale lembrar que a epidemia está se estabilizando no mundo devido ao tratamento.
Em Teresina, o primeiro caso de AIDS foi no ano de 1986 e até o dia 6 de novembro de 2015 foram registrados 3.116 casos, sendo que 2.261 são em homens (72,5%) e 855 casos são em mulheres (24,4%). “Em relação à exposição sexual os casos são liderados por heterossexuais (1.597), seguido de homossexuais (590) e bissexuais (444). Sobre a idade, em Teresina, a faixa etária que concentra mais casos de AIDS é na população de 20 a 34 anos de idade (1.921), seguida da população com idade de 35 a 49 anos (1.344)”, afirma Andrea Fernanda Lopes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. “Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo”, fala Andrea Fernanda Lopes.
Ela explana ainda que os testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA. Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).