O técnico de manutenção Waloar Pereira Magalhães e os irmãos, todos moradores de Araguaína, no Norte do Tocantins, descobriram uma fortuna escondida em uma mala contendo quase 32 milhões. Só que o dinheiro é composto por notas e moedas do Cruzado, moeda que circulou no Brasil entre 1986 e 1989.
Depois do Cruzado, vieram o Cruzado Novo (1989-1990), o Cruzeiro (1990-1993), o Cruzeiro Real (1993-1994) e, finalmente, o Real. Em entrevista à imprensa local, Waloar Pereira relembrou como encontraram a mala valiosa: “Ele faleceu, nós entrávamos na casa dele e não mexíamos em nada. Até que encontramos uma mala cheia de dinheiro", contou.
Segundo informam especialistas, as notas e moedas encontradas pelos irmãos não têm valor financeiro, mas poderiam interessar a colecionadores. No entanto, o presidente do Clube Numismático do Rio de Janeiro, André Luiz Padilha, explica que esse dinheiro pode não ter um valor muito alto nesse mercado.
"O fato de terem encontrado as cédulas dobradas, já todas unidas, com manchas, marcas, dobras, e por serem cédulas que tiveram uma grande produção, uma grande impressão, elas têm um valor numismático já muito baixo comparado às cédulas muito novas. Então, as cédulas gastas já não têm mais valor nenhum", afirmou André Luiz Padilha.
ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE
A esperança de Waloar e dos irmãos é conseguir vender a herança do pai a colecionadores ou trocar o dinheiro por reais.
"Se Deus ajudar, e ainda tiver um jeitinho no banco de fazer a transformação dele, dava para a gente começar uma nova vida", contou ele.
Segundo André Padilha, as moedas têm um valor importante para a história nacional e podem contribuir para a educação das novas gerações.
"Essa coleção, você pode doar para um colégio, para instituições de ensino ou de preservação da história da cidade, como museus, casas de cultura, para que eles possam trabalhar essas cédulas com as crianças", argumentou.